O pai de Juliana Marins, brasileira encontrada morta após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, afirmou que o principal responsável pela tragédia foi o coordenador do Parque Nacional onde ocorreu o acidente.
Manoel Marins relatou que o protocolo adotado pelo parque logo após a comunicação do acidente foi inadequado. De acordo com ele, o correto seria acionar imediatamente a Defesa Civil da Indonésia. Para ele, se o procedimento fosse seguido corretamente, a publicitária de 26 anos estaria viva.
Leia também
-
Do sonho ao fim: entenda como foi acidente que levou Juliana Marins à morte
-
Irmã de Juliana Marins expõe empresa aérea: “Descaso do início ao fim”
-
Juliana Marins: família tem problema com voo que trará corpo ao Brasil
-
“A vida é um sopro”, diz pai de Juliana Marins em post sobre a filha
O pai da carioca também responsabilizou o guia turístico que acompanhava Juliana. Segundo Manoel, o profissional teria deixado a jovem sozinha para “fumar”.
“O guia nos disse que ele se afastou por 5 a 10 minutos para fumar. Depois desse tempo, ele voltou e não encontrou Juliana. Isso foi por volta das 4h. Quando ele avistou Juliana, eram 6h08. Ele fez um vídeo e mandou para o chefe dele. Aí ele manda um recado para o chefe dele, que aciona o parque que, ao invés de acionar a Defesa Civil, aciona essa primeira brigada de primeiros socorros”, relatou Manoel.
De acordo com ele, essa brigada não possuía condições nem equipamentos adequados para realizar o resgate. Somente depois, a Defesa Civil foi acionada e conseguiu chegar ao local onde Juliana havia sido vista pela última vez. No entanto, ela já não estava mais lá — a suspeita é de que tenha caído cerca de 600 metros para dentro da cratera do vulcão enquanto aguardava ajuda.
“Ele [coordenador do parque] demorou a acionar a Defesa Civil. Em momento algum, reconheceu o erro. Em momento, algum pediram perdão para nós”, desabafou o pai. “Quando perguntamos ao guia se ele tinha certificação, o próprio guia disse que não. Eles não estão nem aí. Não se sentem culpados”, completou Manoel, em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo.
7 imagens
Fechar modal.
1 de 7
Juliana Marins
Reprodução/Instagram2 de 7
Juliana Marins e pai, Manoel Marins
Reprodução3 de 7
Morte de Juliana Marins: O translado do corpo é obrigação do governo?
Instagram/Reprodução4 de 7
Mariana Martins junto com a foto da irmã, Juliana, que morreu
Reprodução/Instagram5 de 7
Juliana Marins
Instagram/Reprodução6 de 7
Juliana Marins
Reprodução/Instagram7 de 7
Brasileira caiu em um penhasco durante trilha na última sexta-feira (20/6)
Instagram/Reprodução
Dificuldades no translado
A família de Juliana Marins informou, pelas redes sociais, neste domingo (29/6), que está tendo problemas com o voo que trará o corpo da jovem para o Brasil.
“Estamos tentando confirmar o voo que trará Juliana para o Brasil, para o aeroporto do Galeão (Rio de Janeiro). Porém, a Emirates de Bali não quer confirmar o voo. É descaso do início ao fim. Precisamos da confirmação do voo da Juliana urgente. Precisamos que a Emirates se mexa e traga Juliana para casa”, escreveu a família.
Em outra postagem, eles informam que “já estava tudo certo com o voo, já estava confirmado, mas a Emirates em Bali não quer trazer minha irmã pra casa. Do nada o bagageiro do voo ficou ‘lotado’”.
A Prefeitura de Niterói confirmou ao Metrópoles, nesse sábado (28/6), que repassou R$ 55 mil à família de Juliana Marins para cobrir os custos com o translado do corpo da jovem de volta ao Brasil. A publicitária de 26 anos morreu após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia.
O valor corresponde ao total necessário para o processo de repatriação, que envolve despesas como transporte, documentação e serviços funerários internacionais. A data da chegada do corpo ao Brasil ainda não foi definida, já que o procedimento depende de trâmites burocráticos fora do país.
Leave a Reply