Os policiais civis responsáveis pela ação truculenta que chocou moradores, comerciantes e pedestres da 112 Norte, na tarde desta quarta-feira (9/7), foram identificados. Populares flagraram os policiais agredindo um motorista após um acidente de trânsito.
Os agentes em questão são Gustavo Gonçalves Suppa (de camiseta branca, à esquerda) e Victor Baracho Alves (de camiseta preta, à direita). Gustavo e Victor imobilizaram o publicitário Diego Torres Machado de Campos, 42 anos, após o carro dele encostar, sem danos relevantes, em uma viatura descaracterizada da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) na qual estavam os policiais.
O vídeo abaixo mostra os servidores imobilizando Diego, enquanto a população pede calma aos agentes e clamam por cuidado para com o filho do motorista, Tito, de apenas 5 anos.
Assista:
8 imagens
Fechar modal.
1 de 8
Victor Baracho Alves (de camiseta preta) afastava testemunhas enquanto a vítima era agredida
Material cedido ao Metrópoles2 de 8
Gustavo Gonçalves Suppa (de camiseta branca) imobilizou Danilo contra o chão após dar socos e um “mata-leão”
Material cedido ao Metrópoles3 de 8
Victor Baracho Alves
Material cedido ao Metrópoles4 de 8
Gustavo Gonçalves Suppa
Kebec Nogueira/Metrópoles5 de 8
Gustavo Gonçalves Suppa
Material cedido ao Metrópoles6 de 8
Criança de 5 anos presenciou agressão e prisão do pai após suposto acidente de trânsito
Material cedido ao Metrópoles7 de 8
Policiais arrancaram o motorista de dentro do carro e deram socos nele já do lado de fora
Material cedido ao Metrópoles8 de 8
5ª DP registrou o caso
Kebec Nogueira/Metrópoles
Leia também
-
Truculência: agentes da PCDF dão “gravata”, prendem motorista e abandonam filho dele na rua
-
Menino chora ao ver pai sendo preso de forma truculenta por agentes da DCA
-
População relata brutalidade de policiais contra pai e filho: “Ameaçaram atirar em todo mundo”
Um batia, o outro dava cobertura
Uma das mulheres que acompanharam toda a cena afirma estar “chorando e em choque” mesmo horas após o ocorrido. “Do jeito que abordaram o rapaz, parecia que ele era um assaltante de banco. Eu cheguei para perguntar, e o policial já apontou a arma na minha cara”, conta a testemunha, que prefere condição de anonimato.
Segundo ela, eram dois policiais envolvidos no caso. “O de branco batia no motorista e o de preto dava cobertura. Eram super violentos. O de branco ficou um tempão colocando o rosto da vítima contra o asfalto”, relata.
A mulher conta que chegou a receber ordem de prisão, mas que os policiais desistiram de levá-la. “Eles só não fizeram algo mais violento porque juntou muitas testemunhas”.
Outra testemunha do caso, que também pede para não ser identificada, resumiu: “O rapaz colidiu com uma viatura à paisana. A viatura, então, fechou o carro do motorista, e os policiais, sem se identificar, o retiraram do veículo de uma forma totalmente truculenta, agressiva, com socos e coronhadas”, afirma. “A todo momento ele gritava que estava com o filho”, completa.
Segundo a testemunha, a população se juntou para socorrer o filho do motorista e acabou sendo intimidada pelos policiais. “Eles apontaram arma para todo mundo. Em seguida, chegaram mais viaturas. Foi um terror, um pânico, uma cena horrorosa”, classifica.
“Eles levaram o condutor do veículo preso e abandonaram a criança aqui, sem nenhum responsável. A sorte foi que nós mulheres nos unimos e acolhemos o menino até a mãe dele chegar. Foi uma ação agressiva, truculenta, exagerada, com abuso de poder.”
A mãe de Tito, a colunista do Metrópoles Gabriella Furquim, 34 anos, conta como soube da prisão. “Me ligaram do celular dele falando que o Tito estava sozinho, muito assustado, e me dando endereço pedindo pra ir rápido. Chegando lá, o policial me abordou dizendo que eu tinha que entrar na viatura, prestar depoimento porque o pai do meu filho tinha cometido um crime. Eu disse que queria ver meu filho primeiro e aí encontrei o Tito com outra pessoas desconhecidas que me falaram que o pai foi arrancado do carro, espancado, preso e que tinham deixado o Tito sozinho.”
Leave a Reply