O termo “pacificação”, utilizado no discurso sobre a pauta da anistia na Câmara dos Deputados, representa mais uma justificativa para a apresentação do tema do que uma realidade possível, segundo análise do vice-presidente da Arko Advice, Cristiano Noronha.
“Essa ‘pacificação’ ainda vai depender dos termos do projeto e à medida que vamos nos aproximando da campanha eleitoral, a temperatura política vai aumentar – e não diminuir”, disse Noronha ao WW.
Por 311 votos a favor e 163 contra, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência do projeto da Anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Foram meses de impasse e forte pressão da oposição sobre o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos – PB).
“O avanço da anistia é apenas o primeiro passo, ainda não é a finalização desse tema no legislativo”, disse Noronha.
Na prática, a medida acelera a tramitação da matéria na Câmara. Apesar de ainda não haver acordo quanto à votação do mérito da matéria, a aprovação da urgência representa um avanço na articulação da oposição.
O recém-escolhido relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Solideriedade-SP) afirmou que o projeto não se trata sobre uma anistia “irrestrita”, mas sim de algo mais moderado. “Acho que nós vamos ter que fazer algo que não agrade nem a direita e nem a esquerda, mas que agrade a maioria da Câmara.”, disse Paulinho.
Por Por Brasília
Fonte CNN Brasil
Foto: CNN
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