Lucro consolidado dos “bancões” cai pela 2ª vez, mas soma R$ 28 bi

O lucro consolidado dos cinco maiores bancos brasileiros de capital aberto somou R$ 27,98 bilhões no segundo trimestre deste ano. O valor representa uma queda de 5,61% em relação ao mesmo período de 2024 e uma retração de 8,12%, na comparação com o trimestre anterior. Os dados foram compilados pela consultoria Elos Ayta.

O recuo do valor consolidado ocorre pela segunda vez em 2025. Ele já havia caído no primeiro trimestre deste ano, quando interrompeu uma sequência de crescimento que havia começado no quarto trimestre de 2023 e culminado no recorde histórico de R$ 31,13 bilhões, no fim de 2024.

Banco do Brasil puxa queda

O grande responsável pela freada do lucro consolidado dos “bancões” foi o Banco do Brasil (BB), que viu seu lucro despencar para R$ 3,03 bilhões no segundo trimestre, uma queda de 66,1% em relação ao mesmo período de 2024 e de 55,18% frente ao primeiro trimestre deste ano.

A comparação com dados recentes é ainda mais dura. No segundo trimestre de 2024, o BB havia registrado o maior lucro de sua história (R$ 8,97 bilhões) e o oitavo maior entre todos os bancos listados na B3. “Era, naquele momento, o segundo maior lucro individual do setor, atrás apenas do Itaú Unibanco”, diz Einar Rivero, sócio da Elos Ayta.

“Um ano depois, o banco caiu para a última posição entre os cinco maiores, perdendo destaque no pódio dos gigantes”, afirma. Rivero observa que o resultado do segundo trimestre de 2025 é o pior em mais de sete anos, ou seja, desde o primeiro trimestre de 2018, quando lucrou R$ 2,74 bilhões.


O desempenho de cada banco

  • Na comparação entre as instituições financeiras, de acordo com a análise, o Itaú manteve uma liderança folgada no segundo trimestre de 2025. Ele lucrou R$ 11,28 bilhões (maior lucro trimestral da história dos bancos listados na B3), alta de 14% sobre 2024 e equivalente a mais de 40% de todo o lucro consolidado do setor.
  • O Bradesco, “depois de anos de resultados pressionados”, cita o levantamento, mostrou recuperação robusta, com alta de 28,6% e lucro de R$ 6,07 bilhões, o melhor segundo trimestre desde 2021.
  • O BTG Pactual foi o campeão em crescimento percentual, avançando 42%, para R$ 4,01 bilhões. O banco de investimentos consolidou-se como terceiro colocado no ranking de lucros do setor.
  • O Santander Brasil, aponta a consultoria, cresceu 10,7%, chegando a R$ 3,59 bilhões. Com isso, manteve-se num patamar intermediário dentro do grupo.
  • Como mencionado, o Banco do Brasil foi o ponto fora da curva no lucro dos bancões no último trimestre. “Se 2024 foi o ano da maratona de crescimento contínuo, 2025 começa a mostrar que até os gigantes precisam, de vez em quando, lidar com ladeiras íngremes”, diz Rivero.

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