Ex-CEO da Saraiva pede que polícia apure “soco” de sócio da Siberian

O ex-CEO da livraria Saraiva, Jorge Saraiva Neto, solicitou, nesta semana, a abertura de um inquérito policial para apurar uma suposta agressão que teria sofrido de Dilson Oliveira, sócio das lojas de roupas Siberian e Crawford. Saraiva afirma que foi atingido por um soco no rosto, desferido por Oliveira, que é tio de sua esposa, Stephanie. A confusão ocorreu no corredor do Hospital Albert Einstein, no Morumbi, na zona oeste de São Paulo, em 10 de agosto.

O pedido de investigação sobre o caso foi encaminhado ao 34º Distrito Policial, na Vila Sônia, na zona oeste. No documento, Saraiva diz que, no dia da suposta agressão, acompanhava Stephanie, que pretendia visitar a avó, Valdivina Aguiar, internada no centro médico.

Ela, contudo, foi impedida de ver Valdivina. Na sequência, Oliveira teria se aproximado de Saraiva, que carregava uma filha pequena no colo, e lhe desferiu o soco no rosto. Nesse momento, Oliveira também teria provocado a queda de Stephanie, que se recuperava de uma cesariana ocorrida em julho.

Saraiva afirma que registrou um boletim de ocorrência sobre o episódio. Ele também se submeteu a um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). A análise teria comprovado a lesão.

Imagens da confusão

Os advogados do ex-CEO da rede de livrarias acrescentam no pedido feito à polícia que enviaram ao Albert Einstein uma notificação extrajudicial para que as imagens do dia do incidente fossem preservadas e encaminhadas a Saraiva. O hospital, entretanto, não se manifestou sobre o caso.

Além da abertura do inquérito, Saraiva e seus representantes legais pedem que todos os envolvidos na suposta agressão sejam intimados e ouvidos. Eles também solicitam que seja expedido um ofício para que o Hospital Albert Einstein apresente as imagens solicitadas.

Briga por herança

Os desentendimentos entre Saraiva e Stephanie, de um lado, e os donos das marcas de roupas Siberian e Crawford, do outro, são mais profundos. Eles se tornaram públicos em setembro, quando foi revelada a existência de uma guerra judicial envolvendo a família.

Em agosto, Stephanie encaminhou à Justiça um pedido antecipado de produção de provas, no qual afirma que encontrou indícios de que seus pais, os dois irmãos e o tio, lhe ocultaram um patrimônio superior a R$ 500 milhões. A fortuna inclui quotas societárias em empresas, além de mais de 208 imóveis em cidades como São Paulo, Londres, Miami e Nova York (leia mais sobre o caso neste link).

Recuperação judicial

Além desses problemas, a Siberian e Crawford estão em recuperação judicial (RJ). Em setembro, a Deloitte, uma das maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo, que também é administradora da RJ, enviou à Justiça paulista um relatório que, na prática, recomenda a falência do grupo Valdac Global Brands (VGB), dono das duas marcas de roupas.

A reportagem do Metrópoles tentou entrar em contato com Oliveira e com os responsáveis pelo grupo VGB. Este espaço segue aberto para eventuais manifestações.

Créditos da Noticias

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