O dólar iniciou a semana em queda. A moeda americana registrou recuo de 0,42% frente ao real, cotado a R$ 5,35, nesta segunda-feira (3/11). Já o Ibovespa caminhava para bater um novo recorde. Durante o pregão, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) ultrapassou pela primeira vez a barreira dos 150 mil pontos. Às 17h05, ele avançava 0,40%, aos 150.186,17 pontos.
O mercado aguarda nesta quarta-feira (5/11) a nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). No encontro, o órgão definirá o valor da taxa básica de juros do país, a Selic, hoje fixada em 15% ao ano. A expectativa é de que ela seja mantida nesse patamar.
O nível elevado da Selic sustenta o diferencial de juros a favor do real, estimulando operações de carry trade. Esse tipo de estratégia é adotada por investidores que tomam dinheiro emprestado em um país com juros baixos e o aplicam em outro mercado, onde as taxas são mais altas. Assim, eles ganham com a diferença.
Na avaliação de analistas, esse diferencial tem sido um dos principais responsáveis pela valorização do real. Nesta segunda-feira, por exemplo, a moeda americana valoriza-se no mundo. O índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes (euro, iene, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço), anotava leve alta de 0,07%, a 99,87 pontos, às 17h05.
Inflação em queda
As projeções de mercado para a inflação neste ano também foram revisadas para baixo nesta segunda-feira pela sexta semana consecutiva. Fato que agradou ao mercado. De acordo com o Boletim Focus, a pesquisa semanal realizada pelo BC com economistas do mercado, a estimativa para o IPCA caiu de 4,56% para 4,55% em 2025. Ela também recuou para 2027 e 2028.
Na avaliação de Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o movimento dos mercados foi marcado por um maior apetite por risco e pelo fluxo estrangeiro para a B3, que renovou recordes acima dos 150 mil pontos, impulsionada por ações de bancos e Petrobras. “Dados industriais positivos da China reforçaram o otimismo com commodities e sustentaram moedas emergentes”, diz. “A expectativa de manutenção da Selic em 15% nesta semana segue favorecendo o diferencial de juros e o carry trade no Brasil.”












Leave a Reply