Dólar cai e Bolsa sobe com otimismo sobre corte de juros nos EUA

Mais uma vez os mercados de câmbio e ações no Brasil seguiram, nesta sexta-feira (26/9), o ritmo ditado pela perspectiva de queda de juros nos Estados Unidos. Como essa possibilidade voltou a ganhar força ao longo do pregão, o dólar recuou 0,47% frente ao real, cotado a R$ 5,33, seguindo o movimento global da moeda americana. Já o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), fechou em leve alta de 0,10%, aos 145.446 pontos.

O otimismo com a manutenção do corte de juros nos EUA voltou com a divulgação do índice de preços de gastos com o consumidor (PCE, na sigla em inglês). O núcleo do indicador, que desconsidera as variações mais voláteis de alimentos e energia, subiu 0,2% em agosto, depois de elevação de 0,3% em julho.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo Escritório de Análise Econômica (BEA, na sigla em inglês), uma agência do Departamento de Comércio americano. E o número veio dentro da expectativa do mercado. Destaque-se que o PCE é um dos principais índices observados pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para calibrar as decisões sobre política monetária.

O dado sobre a inflação desta sexta-feira atenuou temores despertados na véspera com a veiculação do Produto Interno Bruto (PIB) americano. Isso porque ele avançou 3,8% no segundo trimestre deste ano, segundo uma nova revisão da taxa. O número anterior apontava para uma elevação de 3,3%. O mercado não esperava um aumento da estimativa.

Volta do otimismo

Ou seja, o crescimento do PIB sinalizava para uma economia ainda aquecida, o que comprometeria a perspectiva de realização de novos cortes de juros por parte do Fed. Neste ano, o primeiro deles ocorreu há duas semanas, com uma redução de 0,25 ponto percentual, fixando a taxa no intervalo entre 4% e 4,5%.

Na avaliação de Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, os números do PCE definiram o jogo no mercado nesta sexta-feira. “O dado reforçou a percepção de desaceleração gradual da inflação, mantendo a aposta de dois cortes adicionais de 0,25 ponto pelo Fed até o fim do ano”, diz. “Com a surpresa limitada dos dados, investidores reduziram posições defensivas, enquanto o fluxo de recursos estrangeiros para o Brasil — mais de US$ 4 bilhões líquidos em setembro — ajudou a sustentar o real, que acompanhou a queda do dólar no exterior.”

Créditos da Noticias

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