O mercado de câmbio voltou a se agitar nesta terça-feira (1/7) no Brasil. O dólar à vista subiu 0,51% frente ao real, cotado a R$ 5,46, interrompendo uma série de três quedas seguidas. Já o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), sustentou mais um dia de elevação. Ele subiu 0,50%, aos 139.549 pontos. O número aproximou-se do recorde de 140.110 pontos, atingido em 20 de maio.
O movimento de elevação do dólar ganhou fôlego com a divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. De acordo com o relatório Jolts (Job Openings and Labor Turnover Survey), foram abertos 7,7 milhões de postos de emprego em maio. O resultado superou a expectativa de analistas. Eles esperavam a criação de 7,3 milhões de vagas.
Acima do esperado, o número de novos postos de trabalho indica que a economia americana está mais aquecida do que os técnicos imaginavam. Isso quer dizer que cortes de juros ainda podem demorar para ocorrer nos EUA. Hoje, a taxa está fixada no intervalo entre 4,25% e 4,50%. Tal perspectiva fortalece o dólar.
A discussão sobre os juros americanos, que vem provocando instabilidade nos mercados, voltou a esquentar nesta terça-feira. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA, Jerome Powell, afirmou que a taxa básica no país já teria sido reduzida caso o governo de Donald Trump não tivesse aplicado uma série de tarifas comerciais contra mais de uma centena de países – que acabam pressionando a inflação americana.
Cenário interno
No cenário interno, os investidores também acompanharam os desdobramentos da polêmica em torno do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Em Brasília, a Advocacia-Geral da União anunciou que ingressará com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF). A medida questionará o fato de o Congresso Nacional ter derrubado o decreto que aumentou o IOF.
Nickolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad, observa que a questão do IOF fez com que o dólar andasse no Brasil na contramão do movimento global. Ele destaca que o índice DXY, que compara o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de seis divisas de países desenvolvidos, registrou queda de 0,13% nesta terça-feira.
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