A cotação do dólar, que abriu estável, passou a oscilar bastante na manhã desta segunda-feira (29/9), registrando recuo de 0,27%, a R$ 5,32, às 10 horas. Cinco minutos depois, às 10h05, a baixa era de 0,19%. A semana, contudo, será marcada pela divulgação de diversos indicadores sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos, cujas variações devem continuar guiando o comportamento dos mercados de câmbio e ações tanto no Brasil como no exterior.
No quadro interno, os agentes econômicos também acompanham na manhã desta segunda-feira a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, em evento realizado em São Paulo pelo Itaú BBA.
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Análise feita pelo Banco Daycoval, destaca que, nesta semana, será veiculada uma série de indicadores sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos. A expectativa para a abertura de vagas (do relatório “Jolts”) em agosto é de 7,1 milhões com desaceleração em relação ao mês anterior.
Na mesma direção, observam os economistas do banco, a criação de vagas ocupadas no setor privado medida pelo ADP deve apresentar alta de 50 mil postos em setembro e desacelerar em relação a agosto. Já o “payroll” de setembro, considerado o dado mais importante na área de empregos, deve apresentar criação de 50 mil vagas, patamar superior ao observado em agosto. A previsão é que a taxa de desemprego permaneça em 4,3% e os ganhos reais com remuneração cresçam 0,3%.
Dados no Brasil
No Brasil, nesta segunda-feira, serão publicados os dados de crédito do Banco Central, que devem mostrar uma desaceleração no crescimento da carteira em agosto, principalmente nos segmentos voltados às famílias. Também serão divulgadas as informações sobre empregos formais do CAGED, para o qual estimativa do Daycoval é de criação líquida de cerca de 198 mil vagas. No caso do resultado primário do Tesouro Nacional, o projetado é um déficit de R$ 26 bilhões.
Na terça-feira, o IBGE divulgará a PNAD Contínua de agosto, com estimativa de redução da taxa de desemprego de 5,7% para 5,6%, reforçando a resiliência do mercado de trabalho. Por fim, na sexta-feira será conhecido o resultado da Produção Industrial de agosto (PIM) , para o qual o banco projeta alta de 0,6% na margem e queda de 0,7% na comparação anual, em linha com a expectativa da atividade industrial mais fraca em 2025, com relação a 2024.
Boletim Focus
Na manhã desta segunda-feira, os investidores acompanharam a divulgação do Boletim Focus, a pesquisa semanal realizada pelo BC com economistas do mercado. Ela mostrou que houve queda da estimativa para a inflação em 2025, que passou de 4,83% para 4,81%, e para 2026, que foi de 4,29% para 4,28%.
Baixas também marcaram as projeções para o câmbio. Para 2025, a previsão para o dólar caiu de R$ 5,50 para R$ 5,48. Para 2026, foi de R$ 5,60 para R$ 5,58. O ano de 2027 concentrou a maior revisão: de R$ 5,60 para R$ 5,56. Para 2028, no entanto, houve alta de R$ 5,54 para R$ 5,56.
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