Conheça as “gambiarras” mais usadas para burlar o home office

A demissão de pessoas que, supostamente, tentam burlar o home office entrou na ordem do dia depois do corte de cerca de mil funcionários, promovido pelo Itaú, no início de setembro. Desde então, muito se falou sobre os recursos tecnológicos que as empresas utilizam para controlar a atividade dos trabalhadores. Faltou, contudo, detalhar quais gambiarras têm sido usadas pelos empregados para burlar o trabalho remoto.

Levantamento feito pelo Metrópoles, com especialistas do setor e com base em casos reais, mostrou que existem ao menos cinco práticas mais comuns usadas para simular atividade de funcionários, que fingem estar trabalhando em home office.

  • Reuniões de vídeo do tipo “entre mim e comigo”

Um dos recursos mais usados para burlar o trabalho remoto são encontros de vídeo, usando ferramentas como o Teams, da Microsoft, nas quais a pessoa reúne-se com ela mesma.

Nesse caso, ela usa o e-mail corporativo para iniciar um suposto encontro de trabalho, no Teams, por exemplo. Esse processo gera um link. A seguir, ela entra na sala virtual, onde permanece sozinha por horas seguidas.

  • Reunião do tipo “parzinho”

Não são incomuns casos em que um funcionário combina com outro uma reunião de vídeo, mas ambos não participam de fato do encontro. A agenda é usada apenas para ludibriar o sistema de controle das empresas.

O funcionário abre um programa (bloco de notas, Excel, Word, por exemplo). A seguir, deixa um peso sobre o teclado, para que o sistema de controle da empresa detecte a atividade. Tal procedimento tem como objetivo evitar que o computador entre no modo de “suspensão”, atestando, assim, a inatividade.

Não raro, os aparatos de controle das companhias identificam o problema, quando são acionadas entre 1.000 e 1.800 teclas por minuto.

  • Falsa atividade com ajuda de equipamentos

A falsa atividade no computador também pode ser simulada com a ajuda de aparelhos vendidos no mercado. Na internet, por exemplo, há vasta oferta de mouses que, uma vez acionado um botão específico, o cursor passa a se mover de forma aleatória por horas a fio. Alguns desses equipamentos custam cerca de R$ 40,00.

  • Ponto batido antes, depois ou fora do local de trabalho

Em geral, os recursos de geolocalização usados pelos sistemas de controle de atividade não focam, necessariamente, no lugar onde a pessoa está trabalhando. Eles captam, sim, onde elas batem o ponto, iniciando ou concluindo a jornada.

Em algumas ocasiões, ele é batido antes, quando o empregado está a caminho do trabalho ou se preparando para iniciar o home office. A prática, no longo prazo, ajuda a acumular horas extras. Há casos, porém, em que pontos foram batidos em restaurantes, ou mesmo, em motéis.

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