Julho foi um período tumultuado para os investidores estrangeiros na Bolsa brasileira (B3). De acordo com um levantamento da consultoria Elos Ayta, houve uma saída líquida de R$ 6,27 bilhões em recursos externos no mês passado, marcando o pior desempenho mensal desde abril de 2024, quando o saldo negativo foi de R$ 11,1 bilhões.
Apesar da debandada de julho, destaca a consultoria, o saldo do investimento estrangeiro na B3 segue positivo em 2025. Até o fim do mês, o fluxo líquido acumula R$ 20,64 bilhões com IPOs (oferta pública inicial de ações) e follow-ons e R$ 20,08 bilhões sem considerar essas operações.
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“O comportamento recente desse fluxo, no entanto, acende o alerta: o volume de compras dos estrangeiros encolheu pelo segundo mês consecutivo, somando R$ 271,6 bilhões em julho, ante R$ 327 bilhões em maio, mês que marcou o pico de entusiasmo estrangeiro com o Brasil neste ano”, diz Einar Rivero, sócio da Elos Ayta.
“As vendas também vêm perdendo força”, diz o analista. “Em julho, elas somaram R$ 278 bilhões, depois de um volume de R$ 323,4 bilhões em abril, mês de maior desova.” Rivero observa que, no acumulado do ano, os estrangeiros compraram R$ 2,06 trilhões e venderam R$ 2,04 trilhões na B3.
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