Bolsas da Europa caem com crise na França e ameaça de Trump à China

Os principais índices das bolsas de valores da Europa fecharam o último pregão da semana, nesta sexta-feira (10/10), em queda, refletindo a preocupação dos investidores com o agravamento da crise política na França e as ameaças dos Estados Unidos à China.


O que aconteceu

  • O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas europeias listadas em bolsas, fechou em forte queda de 1,25%, aos 564 pontos.
  • Na Bolsa de Frankfurt, na Alemanha, o índice DAX terminou o dia desabando 1,5%, aos 24,2 mil pontos.
  • Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou o pregão em baixa de 0,86%, aos 9,4 mil pontos.
  • Em Paris, o CAC 40 também recuou forte, com perdas de 1,53%, aos 7,9 mil pontos.
  • O Ibex 35, de Madri, fechou em queda de 0,69%, aos 15,4 mil pontos.
  • O setor de defesa foi um dos destaques negativos do dia, com perdas de 1,66%, após o anúncio do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

Trump ameaça a China

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a Casa Branca avalia a imposição de “tarifas massivas” contra o gigante asiático e disse ainda não ver “razão” para um encontro com o presidente da China, Xi Jinping, como vinha sendo especulado nas últimas semanas.

Nessa quinta-feira (9/10), Pequim reforçou o controle de exportação de terras raras e tecnologias relacionadas, alegando que pretende limitar as exportações para empresas estrangeiras de defesa e usuários de semicondutores.

De acordo com as novas regras, as companhias estrangeiras terão de obter uma aprovação da China para exportar ímãs que contenham materiais de terras raras de origem chinesa – ou que tenham sido produzidos por meio de métodos de extração, refino ou tecnologia de fabricação de imãs desenvolvidos em território chinês.

Crise na França

O gabinete do presidente francês Emmanuel Macron informou, na quarta-feira (8/10), que um novo primeiro-ministro será nomeado em até 48 horas. No início da semana, a renúncia de Sébastien Lecornu aprofundou a crise política no país.

O premiê renunciou na última segunda-feira (6/10), depois de menos de um mês no cargo, após ter nomeado um gabinete que causou insatisfação tanto nos partidos de direita quanto nos de esquerda.

Fim da guerra em Gaza

No front externo, o grande acontecimento da semana é o acordo de paz firmado entre Israel e o Hamas, que deve pôr fim a dois anos de conflitos na Faixa de Gaza. O cessar-fogo foi articulado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Apresentado em 29 de setembro, o plano foi aceito por ambos os lados envolvidos no conflito, após dez dias de negociações entre Israel e Hamas, mediadas pelo Catar e Turquia, no Egito. Neste momento, contudo, está previsto o cumprimento de apenas alguns dos 22 pontos da proposta de paz – começando com o fim imediato dos combates em Gaza, nesta sexta.

Ao fim do cumprimento dos termos acordados na primeira etapa, outros pontos do plano de paz começam a ser abordados. Entre eles, o desarmamento do Hamas, a nova administração para a Faixa de Gaza – livre do grupo palestino –, o envio de forças internacionais de manutenção da paz e a reconstrução da região.

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