Bolsa volta a bater recorde. Dólar passa a subir antes de Fed e Copom

O dólar passou a operar em alta nesta quarta-feira (17/9), em um dia no qual todas as atenções do mercado financeiro estão voltadas para as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), voltou a renovar sua máxima histórica intradiária (durante o pregão), ultrapassando os 145,7 mil pontos.

Na véspera, o dólar encerrou a sessão em baixa, renovando a menor cotação em 15 meses, a R$ 5,298. Foi o quinto recuo consecutivo da moeda dos EUA frente ao real.

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Dólar

  • Às 14h16, o dólar subia 0,16%, a R$ 5,307.
  • Mais cedo, às 12h45, a moeda norte-americana avançava 0,2% e era negociada a R$ 5,309.
  • Na cotação máxima do dia até aqui, o dólar bateu R$ 5,313. A mínima é de R$ 5,293.
  • No dia anterior, o dólar fechou em queda de 0,43%, cotado a R$ 5,298. Foi o menor valor de fechamento desde o dia 6 de junho de 2024.
  • Com o resultado, a moeda dos EUA acumula perdas de 2,29% no mês e de 14,27% no ano frente ao real.

Ibovespa

Copom e Fed anunciam taxa de juros

“Superquarta” é o termo usado no mercado financeiro para o dia em que coincidem as divulgações das taxas básicas de juros nos dois países. É o caso desta quarta-feira, data na qual tanto o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), quanto o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), anunciam o resultado de suas reuniões.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central (BC) para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

Quando o Copom aumenta os juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica.

Ao reduzir a Selic, por outro lado, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Na última reunião do Copom, no fim de julho, a autoridade monetária decidiu interromper o ciclo de alta e manteve os juros inalterados, em 15% ao ano. A tendência é que isso se repita nesta semana.

Já nos EUA, o Fed também não mexeu na taxa, que foi mantida no intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano. Neste momento, 100% dos analistas do mercado trabalham com o cenário de queda dos juros na quarta-feira. A dúvida é se o corte será de 0,25 ou de 0,5 ponto percentual.

Nos EUA, dados da ferramenta FedWatch, do CME Group, dono da maior bolsa de derivativos do planeta, mostravam, nesta manhã, que as possibilidades de corte de 0,25 ponto percentual dos juros eram de 94%. As chances de uma queda maior, de 0,5 ponto percentual, atingem 6%. Ou seja, a redução é tida como uma “barbada”, a questão é o tamanho do tombo e se ele vai perdurar ao longo deste ano.

No Brasil, a situação é diferente. Se há unanimidade, ela aponta para a manutenção da Selic no atual patamar de 15% ao ano, o maior nível desde 2006.

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