As vendas do setor de supermercados no Brasil fecharam o mês de julho registrando uma alta de 4% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (21/8) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Já na comparação com o o mês anterior, o crescimento das vendas do setor supermercadista foi de 2,41%.
Segundo o levantamento da Abras, no acumulado de janeiro a julho deste ano, a alta foi de 2,66%.
Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Queda no valor da Cesta Abrasmercado
De acordo com o levantamento, o valor da Cesta Abrasmercado, que conta com 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza), teve uma queda de 0,78% em julho, a segunda consecutiva, passando de R$ 819,81 para R$ 813,44.
Segundo o levantamento da Abras, 29 dos 35 itens pesquisados tiveram recuo ou oscilações de baixa intensidade. Apenas seis produtos registraram altas maiores do que 0,5 ponto percentual.
Por regiões
De acordo com o levantamento da Abras, no recorte por regiões, houve queda em todo o país.
As maiores baixas foram registradas no Centro-Oeste (-1,51%), para R$ 760,40 em julho, e no Sudeste (-0,97%), para R$ 828,77.
No Sul, a queda nos preços foi de 0,37%, com a cesta passando a custar R$ 894,33. Na sequência, aparecem o Nordeste (-0,34%), para R$ 728,48, e o Norte (-0,16%), para R$ 887,07.
O que diz a Abras
Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, o resultado do setor supermercadista em julho indica um consumo mais consistente das famílias brasileiras, impulsionado pelo aumento da renda e por um mercado de trabalho que se mantém resiliente.
“No recorte mensal que o mês de julho costuma apresentar, normalmente temos retração por causa das férias escolares, quando muitas famílias optam por consumir fora de casa. Mas, neste ano, esse efeito foi menos intenso”, explicou Milan.
No trimestre encerrado em junho deste ano, o desemprego recuou para 5,8% – o menor nível desde 2012. Já o rendimento real habitual dos brasileiros subiu 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 3.477.
De acordo com a Abras, outros fatores que impulsionaram as compras em julho foram o pagamento de R$ 10 bilhões em restituições do Imposto de Renda (IR), a liberação de R$ 2,3 bilhões em Requisições de Pequeno Valor (RPVs) do INSS e o saque do PIS/Pasep, que deve acrescentar R$ 30,7 bilhões na economia.
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