O ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Filipe Garcia Martins Pereira, indicou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) para prestar esclarecimentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos depoimentos das testemunhas do núcleo 2 da suposta trama golpista.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, agendou para os dias 14 a 21 de julho as audiências para ouvir as testemunhas do núcleo 2, que tem como réus o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, Filipe Martins e outros.
Réus do núcleo 2
O núcleo 2 da suposta trama golpista é composto por seis réus e seria o responsável por coordenar as ações que, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), dariam suporte ao suposto golpe de Estado. São eles:
- Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na gestão de Bolsonaro;
- Fernando de Sousa Oliveira – ex-secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do DF;
- Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência;
- Marcelo Costa Câmara – coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro;
- Marília Ferreira de Alencar – delegada da Polícia Federal e ex-subsecretária de Segurança Pública do Distrito Federal; e
- Mário Fernandes – general da reserva do Exército e “kid preto”.
Conforme o cronograma definido por Moraes, as audiências começarão com os depoimentos das testemunhas de acusação, seguidas pelas testemunhas de defesa.
Os depoimentos serão conduzidos por juízes-auxiliares do gabinete de Moraes, como é padrão nas ações penais do STF, e acontecerão por videoconferência. As defesas dos réus e os representantes da PGR terão direito de acompanhar e fazer questionamentos.
Parlamentares convocados
Além de Carlos e Eduardo Bolsonaro, Filipe Martins indicou outros parlamentares para prestar esclarecimentos no STF. Vejam quais:
- Deputado federal Eduardo Pazuello (PL)
- Senador Eduardo Girão (NOVO)
- Senador Rodrigo Pacheco (PSD)
Os integrantes do núcleo 2 são acusados de terem usado a máquina pública, como a PRF, para dificultar o acesso de eleitores aos locais de votação no segundo turno das eleições de 2022, especialmente no Nordeste, maior reduto eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então concorrente de Jair Bolsonaro na disputa presidencial.
Leave a Reply