O secretário-chefe da Casa Civil do Distrito Federal, Gustavo Rocha, destacou o trabalho realizado pela Segurança Pública no Distrito Federal. O chefe da pasta foi o convidado de ontem do CB.Poder, parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília, e falou sobre o convite que deve ser feito ao governador Ibaneis Rocha (MDB) para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado no Senado e apresentar dados sobre o trabalho de repressão e combate ao crime realizado no DF. Às jornalistas Ana Maria Campos e Mariana Niederauer, o secretário anunciou a implementação de um novo Na Hora, voltado exclusivamente para empresários. A novidade passará a funcionar em dezembro no Venâncio Shopping.
Foi aprovado requerimento no Senado para que fosse feito um convite ao governador Ibaneis para falar sobre a gestão de sucesso no combate ao crime no DF. Ele irá? Play Video
O secretário de Segurança (Sando Avelar) com certeza irá. Ainda não sei se o governador vai. Mas isso é um reconhecimento do trabalho feito na área de segurança no DF. A ideia é falar do êxito da política de segurança aqui. Temos que atender a esse convite.
O debate sobre segurança está em evidência e deve ser um tema muito forte na campanha eleitoral. O senhor está pronto para enfrentar esse debate aqui, no DF?
Sim, temos muito a falar. O êxito da nossa política de segurança é cristalino, é um exemplo, tanto que o próprio Congresso reconheceu isso ao convidar o governador para falar sobre o êxito da nossa política de segurança. Temos muito a falar e mostrar. E os resultados estão aí, todos estão vendo. É uma pauta que temos tranquilidade para argumentar e defender com toda segurança.
O senhor acha que a aprovação do reajuste aos policiais ajuda nessa pauta também?
Sempre ajuda. O reajuste e a contratação dos novos policiais, além do incentivo às forças de segurança, são um reforço para que possamos implementar essas políticas de segurança, que foram pensadas no plano de governo Ibaneis e da vice-governadora Celina Leão. Tanto o aumento (dos vencimentos) quanto a autorização para chamar os novos policiais vão ao encontro da política de segurança do DF, no sentido de complementar e implementar essas políticas.
O ano de 2026 será movimentado. Quais as principais realizações deste governo que o senhor acredita que será destacado na campanha?
Temos muito a mostrar. A questão das obras, avanços na área social que saltam aos olhos, área da segurança. Temos muitas políticas exitosas em todas as áreas de governo.
O senhor pode explicar o novo programa lançado pelo governo que é o Na Hora Empresarial?
O Na Hora todos conhecem, é um local onde o cidadão pode resolver vários problemas, é um hub onde se concentram todos os órgãos do DF e a pessoa pode ir em um só local e resolver todas as suas questões. Em razão do sucesso desse programa, foi pensado um outro tipo de Na Hora, desta vez voltado aos empresários. A ideia é facilitar, desburocratizar, dar celeridade sempre com segurança jurídica. Desde o primeiro momento, o governador Ibaneis e a vice-governadora Celina sempre buscaram melhorar o ambiente de negócios e facilitar atos para que a pessoa possa abrir uma empresa mais fácil, encerrar mais fácil, resolver questões, como certidão e licenciamento. O Na Hora Empresarial começa a funcionar em dezembro, no Venâncio Shopping. O empresário, quando precisar de aprovação de projeto, quiser abrir uma empresa, buscar resolver pendências no Ibram, Neoenergia, Caesb, em vez de ir em cada um dos órgãos, poderá ir apenas no Na Hora. A Polícia Federal também estará lá, para dar apoio e informações a empresas que atuam na área da segurança e que precisem de autorização da polícia. Vai ser uma gama de serviços e órgãos para simplificar a vida das pessoas.
A desburocratização é uma demanda constante dos empresários. Foi um pedido do setor ao GDF?
Desde o início do primeiro mandato do governador Ibaneis, ele vem simplificando os procedimentos. Agora, culmina no Na Hora Empresarial, que vai concentrar os principais órgãos do DF para resolver as demandas em um tempo mais curso, com menos burocracia e, principalmente, com segurança jurídica.
Essa junção de todos esses serviços vem atrelada a uma maior modernização do GDF?
Hoje, grande parte desses serviços podem ser feitos de forma virtual, mas muitos têm dificuldade com os procedimentos. Além de as pessoas poderem fazer os seus protocolos, terão orientações para usar os serviços virtuais dos órgãos. Terão servidores para orientar as pessoas sobre como fazer os procedimentos on-line. É um trabalho que envolve tecnologia e capacitação dos nossos servidores.
A Secretaria de Proteção Animal ficará subordinada à Casa Civil. Essa pauta tem ganhado destaque nos debates políticos. Quais serão as prioridades?
É uma área que tem autonomia, além do suporte da Casa Civil em questões administrativas. Percebemos que há uma carência e uma necessidade de fomentar e incentivar os protetores de animais. Muitos animais são vítimas de maus-tratos e estão nas ruas. A população do DF é muito solidária e isso também envolve os animais. Segundo o IPEDF, as maiores dificuldades dos protetores são referentes à ração e castração. Por isso, o governador Ibaneis encaminhou à Câmara Legislativa (CLDF) um programa de incentivo à proteção dos animais, que foi votado semana passada e será sancionado em breve. Estamos fazendo o levantamento de número de protetores e animais para fazer um planejamento para lançar um cartão que pode ser usado para compra de ração e castração. É um programa inovador, que vai dar um suporte às pessoas que cuidam dos animais.
Foi lançado recentemente o Hotel Social, com a inovação de poder aceitar animais.
Desde o primeiro mandato do governador Ibaneis que tentamos implementar uma política pública envolvendo, não só a população em situação de rua, como também os seus animais. Muitas vezes, fazíamos ações de acolhimento e as pessoas não queriam aceitar acolhimento, porque não queriam deixar os animais. Por isso, implementamos o Hotel Social, onde a pessoa em situação de vulnerabilidade é recebida com o animal, que também terá alimentação, além de acompanhamento com veterinário. É um atendimento que vem dando muito certo, recebemos cerca de 16 mil pessoas e 300 animais. Uma política muito exitosa, que queremos implementar também em outras regiões.
Com relação à população em situação de vulnerabilidade nas ruas, ainda há muita gente para ser acolhida?
É um dos trabalhos mais complexos que nós temos. Mas avançamos muito. Implementamos o Plano Distrital de Acolhimento à População em Situação de Rua, que são ações diárias realizadas nas ruas separando ações de acolhimento e ações de segurança. Há 15 dias, iniciamos uma ação no Setor Comercial. Queremos ofertar a essas pessoas condições de saírem das ruas. O programa é voltado para capacitação, emprego, habitação e a consequência é eles saírem das ruas. Essas pessoas precisam ser atendidas e acolhidas. Temos que dar condições para que elas vivam fora das ruas.
O senhor pode falar mais sobre o Nota Legal Solidária?
É um programa que foi instituído recentemente. É uma forma de incentivar a solidariedade permitindo que os créditos da Nota Legal sejam também direcionados a entidades beneficentes sem fins lucrativos. Estaremos implementando nos próximos dias. Agora, vamos possibilitar que as entidades beneficentes possam se valer do Nota Legal. A partir de agora, cada secretaria do DF está autorizada a fazer o cadastro dessas entidades e, caso elas preencham os requisitos, poderão indicar o próprio CNPJ para se beneficiar do Nota Legal. Além disso, as pessoas poderão também indicar as entidades para onde serão direcionados os créditos.
O que tem de importante ainda para ser aprovado na CLDF?
Um dos principais pontos é o Pdot, que deve ser aprovado ainda neste ano. Neste momento, estão sendo oferecidas emendas pelos parlamentares.
O senhor vai mesmo deixar o governo em abril para disputar a eleição como vice de Celina Leão?
Eu nunca tive filiação partidária antes. Todos os cargos que exerci foram técnicos. Nunca tinha cogitado disputar eleição. Até que surgiu esse convite do governador Ibaneis, do Republicanos e da vice-governadora Celina e eu abracei. Estou vendo isso como uma possibilidade de ajudar o DF e seguir com o trabalho que venho realizando no governo Ibaneis. A previsão é de que eu saia (do governo) em abril para poder disputar a eleição.
Quais as principais agendas que o senhor vai defender na chapa com Celina Leão?
Eu me preocupo muito com a questão social. Acho que é uma área que a gente precisa dar uma atenção muito grande. Procuro, dentro da gestão atual, dar um destaque a isso e espero poder levar essa visão também caso esse projeto de governo seja exitoso.
Por Por Brasília
Fonte Correio Braziliense
Foto: Bruna Gaston CB/DA Press













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