Prejuízo da Usiminas é o maior da história do setor siderúrgico

A Usiminas reportou nesta semana um prejuízo líquido de R$ 3,54 bilhões no terceiro trimestre de 2025. Segundo levantamento da consultoria Elos Ayta, o resultado representa a maior queda trimestral já registrada entre as companhias abertas do setor de siderurgia listadas na Bolsa brasileira (B3). Ele supera o recorde anterior da Gerdau, que havia anunciado perdas de R$ 3,15 bilhões no quarto trimestre de 2015.

Einar Rivero, sócio da Elos Ayta, observa que a análise considera todos os trimestres com prejuízos superiores a R$ 1 bilhão. Para o especialista, o dado “evidencia a natureza cíclica do setor que, historicamente, alterna períodos de forte rentabilidade com fases de retração de margens e ajustes financeiros”.

A Gerdau, que anunciou recentemente redução de investimentos, aparece em quatro posições no ranking, enquanto a Gerdau Metalúrgica figura em três trimestres, e a CSN e a Usiminas completam a lista com dois registros cada. “Esses resultados reforçam que os maiores prejuízos do setor ocorreram, em geral, em momentos de desaceleração da economia global e volatilidade nos preços das commodities metálicas”, diz Rivero.

O resultado negativo da Usiminas no último trimestre, segundo dados divulgados pela companhia, mostram o impacto do ambiente global adverso para a siderurgia. Ele tem sido marcado por queda nos preços do aço, excesso de oferta internacional e maior competitividade das exportações chinesas.

Além desses fatores, as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre o aço importado, também têm contribuído para reduzir a competitividade do produto brasileiro no exterior.

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