Impulsionados pela disparada do ouro no mercado internacional, os preços à vista da prata também renovaram recordes em décadas, em meio à crescente demanda por ativos considerados mais seguros pelos investidores.
Nesta quinta-feira (9/10), a prata avançou mais de 4%, cravando a marca de US$ 50,85 a onça. Trata-se da maior cotação do metal em 45 anos, desde 1980.
No acumulado de 2025, o preço da prata já subiu mais de 70% no mercado internacional.
O que explica a alta da prata
Segundo analistas do mercado, a trajetória ascendente da cotação da prata se deve, em grande parte, à busca dos investidores por ativos mais seguros, em meio às incertezas fiscais nos Estados Unidos e diante de um mercado de ações superaquecido.
Especialistas afirmam que a escassez de prata disponível em mercados como o de Londres, por exemplo, ajudou a sustentar os preços, ao mesmo tempo em que aumentou substancialmente o custo de empréstimos.
A alta do metal foi alavancada pelo chamado “comércio da desvalorização”, com investidores procurando segurança em ativos como bitcoin e criptomoedas em geral, ouro e prata, em um movimento de claro afastamento das principais moedas.
A prata é utilizada em todo o mundo como um ativo de investimento. O metal também tem aplicações industriais, especialmente nos mercados de painéis solares e turbinas eólicas – que representam mais de 50% de toda a prata vendida.
Em 2025, de acordo com projeções de analistas do mercado, a demanda pela prata deve superar a oferta pelo quinto ano consecutivo.
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