Saul Klein, de 71 anos, um dos herdeiros das Casas Bahia, entrou com um pedido na Justiça paulista para que seja autorizado, com urgência, a receber um adiantamento de parte da fortuna deixada pelo pai, o empresário Samuel Klein, fundador da varejista, morto em novembro de 2014. O pedido baseia-se na grave situação de saúde de Saul, que está internado em estado crítico na UTI do hospital Vila Nova Star.
Fontes próximas ao caso disseram ao Metrópoles que Saul foi levado ao hospital depois de sofrer hemorragia abdominal, causada por um quadro de estresse emocional crônico. Ele foi para a UTI após ter sido submetido a uma cirurgia de emergência decorrente de septicemia e perfuração gástrica.
Segundo essas fontes, Saul apresenta um estado emocional fragilizado em função dos vários litígios para tentar receber sua parte na herança. Agora, o valor pretendido pelo herdeiro refere-se à parcela reconhecida como pertencente a Saul no espólio, sem prejuízo aos demais herdeiros ou à Fazenda pública.
O inventário arrasta-se há mais de uma década e o pedido de antecipação toma como base o artigo 647 do Código de Processo Civil. De acordo com pessoas próximas a Saul, existe comprovação médica e documental da urgência da medida, cujo objetivo é garantir a sobrevivência de Saul. A ideia é que a quantia antecipada seja deduzida da cota do herdeiro, ao final do inventário.
Litígio
Mais de uma década depois da morte do fundador da Casas Bahia, Samuel Klein, os três filhos do empresário, Michael, Saul e Eva, travam uma guerra judicial sobre a divisão da herança. O litígio também envolve herdeiros de um quarto filho de Samuel, Moacyr Ramos, que morreu em 2021 anos, e tem o parentesco questionado na Justiça.
No início do processo, a fortuna deixada por Samuel foi estimada em R$ 260 milhões. Se corrigido, esse valor atingiria cerca de R$ 500 milhões.
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