O Tribunal do Júri do Paranoá condenou Raimundo Francisco da Silva (foto em destaque), motorista responsável pela morte de três crianças na Lagoa do Japonês, próxima à divisa de Goiás com São Sebastião, a oito anos de prisão em regime fechado. A sentença foi dada na noite desta quinta-feira (26/6).
Raimundo também foi proibido de obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pelo período de quatro anos.
O trágico episódio aconteceu em julho de 2023, quando Raimundo, alcoolizado, conduzia um veículo. Segundo testemunhas, o homem errou a marcha e jogou o carro na lagoa. Os irmãos Sarah Vitoria Barbosa, de 1 ano; Henrique Gabriel Barbosa Maciel, 3; e Miguel Luís Barbosa Maciel, 4, estavam no carro e morreram afogados.
Outros três adultos que também estavam dentro do carro conseguiram escapar com vida, entre eles a mãe e a avó dos pequenos, identificadas como Silvania Antônia Barbosa e Maria Adna Antônia de Jesus, respectivamente.
Em juízo, o réu confessou ter ingerido álcool e admitiu ter fugido do local por medo de ser linchado, indo até a fazenda onde trabalhava. A fuga foi confirmada por diversas testemunhas, inclusive por uma das familiares das vítimas, que relatou ter visto o acusado deixar o local do acidente mesmo após alertas.
Inicialmente, Raimundo havia sido denunciado por homicídio com dolo eventual, ou seja, quando o réu assume o risco de matar. No entanto, o Tribunal do Júri desclassificou os crimes para homicídio culposo com embriaguez ao volante.
Ao reconhecer a culpa de Raimundo pelas mortes das crianças, o juiz responsável fixou a pena em sete anos e seis meses de reclusão pelos homicídios, somada a seis meses pela fuga do local do acidente, totalizando oito anos de prisão.
Na dosimetria da pena, o juiz considerou como desfavoráveis as circunstâncias do crime, como o risco à vida de outros ocupantes e o impacto causado à família das vítimas, incluindo tentativas de suicídio da mãe e o deslocamento da avó, forçada a deixar a residência devido ao trauma.
Raimundo foi preso preventivamente em julho de 2023. Em março do ano passado, ele foi solto. Desde então, ele respondia ao processo em liberdade.
Após julgamento pelo Tribunal do Júri, o juiz decretou a prisão do réu. Foi expedido mandado de prisão e carta de sentença.
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