A defesa do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorização para que possa corrigir provas de alunos de um curso preparatório para concursos militares do Exército brasileiro.
O “kid preto” Lima, também professor no curso preparatório, está preso desde novembro do ano passado envolvido no esquema que pretendia assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O documento foi apresentado ao ministro nessa terça-feira (18/6), e a defesa do militar salienta que o acesso ao material não representaria qualquer óbice, tendo em vista que não é necessário acesso à internet.
“A correção do material não exige uso de internet, pois as provas são impressas e poderão ser facilmente inspecionadas pela unidade prisional. Caso autorizado, o requerente, preso preventivamente, procederá à atividade dentro da cela, sem qualquer violação às medidas impostas por este Juízo ou aos regulamentos do estabelecimento prisional”, escreveu a defesa.
Além do acesso às provas, os advogados pedem que o STF forneça acesso à integralidade do material apreendido nos aparelhos do tenente-coronel Lima, do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do general Walter Souza Braga Netto.
A defesa do “kid preto” solicitou a restituição de todos os aparelhos apreendidos com ele e o acesso à íntegra do documento “Op Luneta”, atribuído ao militar na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) — o militar é réu no núcleo 3.
Pendrive
Com o militar, foi apreendido um pendrive com o plano “Op Luneta”, que planejava anular as eleições de 2022, além de prender ministros do STF.
Lima participou da audiência de custódia fardado. O tenente-coronel foi preso dentro de um avião, ao pousar no Aeroporto do Galão, no Rio de Janeiro. Como mostrou o Metrópoles, na coluna de Igor Gadelha, o militar pediu à PF para vestir a farda do Exército, mas os agentes não permitiram.
Leave a Reply