O percentual de inadimplência entre produtores rurais no Brasil terminou o primeiro trimestre deste ano em 7,9%, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (1º/7) pela Serasa Experian.
O que aconteceu
- O resultado representa um aumento de 0,9 ponto percentual na inadimplência em relação ao mesmo período de 2024.
- Apesar de indicar relativa estabilidade de um ano para outro, a pesquisa mostra que a inadimplência entre os produtores rurais registra uma tendência de alta.
- Na comparação com o último trimestre do ano passado, houve alta de 0,3 ponto percentual, segundo o levantamento.
Como é calculado o índice
O indicador da Serasa Experian leva em consideração pessoas físicas com dívidas que já venceram há mais de 6 meses e até 5 anos, em valores iguais ou superiores a R$ 1 mil.
Essas dívidas são contraídas junto a instituições financeiras, setores agroindustriais e outros segmentos relacionados às atividades do agro.
De acordo com o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, “essa flutuação já era esperada, mas é preciso considerar que, durante todo o ano de 2024, mesmo com políticas mais criteriosas de concessão de crédito, outras instabilidades ocorreram no setor”.
Grandes produtores têm maiores índices de inadimplência
A pesquisa da Serasa mostra ainda que os grandes proprietários rurais registram o maior percentual de inadimplência, com 10,7% – acima da média nacional.
Na sequência, aparecem produtores sem registro de cadastro rural (como arrendatários ou integrantes de grupos familiares ou econômicos), com 9,5%, médios proprietários (7,8%) e pequenos proprietários (7,2%).
“Mesmo com mais critério na concessão de crédito, esses perfis costumam assumir volumes maiores de financiamentos, o que aumenta a exposição a riscos e oscilações econômicas”, explica Pimenta sobre os grandes proprietários.
Por regiões
No recorte por regiões do país, o Norte aparece com o maior índice de inadimplência, seguido por Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
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