Para proteção e prevenção contra a gripe aviária, a Secretaria de Agricultura (Seagri-DF) proibiu eventos com concentração de aves por 60 dias no Distrito Federal. Produtores locais também estão proibidos de visitar locais com registro da doença.
O novo conjunto de medidas foi publicado no Diário Oficial (DODF) desta sexta-feira (27/6). O DF registrou o primeiro caso da doença em 28 de maio, no Zoológico de Brasília.
“Fica suspensa, por 60 (sessenta) dias, a realização de eventos pecuários que envolvam a aglomeração de quaisquer espécies de aves no território do Distrito Federal, inclusive encontros, torneios, exposições, mostras, leilões, campeonatos e reuniões de passeriformes nativos e exóticos, ornamentais, galinhas de raça pura, aves comerciais ou silvestres mantidas em cativeiro”, determinou a portaria assinada pelo secretário Rafael Borges Bueno.
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Segundo a pasta, a suspensão abrange qualquer espécie de ave, independentemente da finalidade da criação, categoria zootécnica, origem ou destinação comercial.
“Fica proibida a participação de criadores de passeriformes do Distrito Federal em eventos com aglomeração de aves realizados apenas em municípios brasileiros que apresentem foco ativo de IAAP (influenza aviária de alta patogenicidade)”, pontuou a portaria.
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Zoológico de Brasília foi fechado por conta dos casos de gripe aviária registrados e por isso foi fechado
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Zoológico de Brasília está fechado para visitantes
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Caso confirmado de gripe aviária faz Zoo de Brasília fechar
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Zoológico de Brasília segue fechado após confirmação da morto de irerê por gripe aviária
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Funcionários passam a usar máscaras após suspeita de gripe aviária no Zoo de Brasília
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Zoológico de Brasília é fechado por suspeita de casos de gripe aviária
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DF confirmou primeiro caso de gripe aviária após ave ser encontrada morta no Zoológico de Brasília
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo
O mapeamento atualizado de locais com registro da doença está disponível no Painel de Influenza Aviária do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), por exemplo.
A pasta recomenda aos criadores manter as aves confinadas em ambiente protegido, sem acesso a áreas externas abertas ou piquetes, de forma a evitar o contato com aves de vida livre.
Entenda o que é a gripe aviária
- Também conhecida como influenza aviária, é uma doença viral altamente contagiosa, que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas, mas também pode acometer humanos, no entanto, com um baixo risco.
- Entre os principais sintomas apresentados nas aves, estão: dificuldade respiratória, secreção nasal ou ocular, espirros, incoordenação motora, torcicolo, diarreia e alta mortalidade.
- Todas as suspeitas de gripe aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária.
Zoo
Ao fim desta semana, o Zoológico de Brasília completa um mês interditado devido a casos de gripe aviária. A liberação para que o local volte a ser aberto para o público depende da Seagri-DF, que ainda não informou uma data para a reabertura.
O Zoo foi interditado em 28 de maio após um irerê e um pombo serem encontrados mortos dentro do estabelecimento. Nesse caso, nenhum dos animais fazia parte do plantel do Zoo, mas o local foi fechado e amostras coletadas. Poucos dias depois, veio a confirmação de que o irerê estava infectado com a H5N1.
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A interdição foi estendida para 13 de junho. Porém, um dia antes, uma nova suspeita de gripe aviária foi identificada. Dessa vez, um emu — ave de origem australiana — do plantel do Zoo apresentou sintomas compatíveis com a doença.
Devido à evolução do quadro, o animal foi sacrificado, e amostras dele foram encaminhadas para análise. Em 16 de junho, um laudo técnico confirmou a presença do vírus da gripe aviária no emu. Desde então, o Zoo permanece fechado e sem previsão de reabertura.
Equipes monitoradas
Nos dois casos de gripe aviária, os funcionários do Zoo e de outras instituições que tiveram contato com os animais infectados foram monitorados por 10 dias cada um.
Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), nenhum deles apresentou sintomas e o Brasil segue sem casos de H5N1 em humanos.
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