Declarações da futura primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, sobre a necessidade de um alinhamento entre o Banco Central e o governo do país asiático causaram uma onda de pessimismo nos mercados nesta quinta-feira (9/10), o que também já começou a afetar a Bolsa de Valores do Brasil.
Takaichi foi escolhida como líder do Partido Liberal Democrata do Japão e deve assumir o cargo de primeira-ministra nos próximos dias. Em sua fala, ela deixou clara sua visão de que espera uma sintonia fina entre a autoridade monetária japonesa e o Executivo.
“O Banco Central é responsável por decidir a política monetária, mas qualquer decisão tomada deve estar alinhada aos objetivos do governo”, afirmou Takaichi.
Segundo a nova líder do Partido Liberal Democrata, um iene fraco traria alguns benefícios e também desvantagens para a economia japonesa. Takaichi garantiu que não deseja provocar desvalorização excessiva da moeda local.
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A futura premiê do Japão é defensora de uma política de expansão fiscal no país, o que vem preocupando os investidores. O Japão enfrenta inflação elevada, que poderia se agravar caso o governo implementasse uma política de estímulos fiscais.
Impacto na Bolsa
Pouco antes das 11 horas (pelo horário de Brasília), o dólar avançava 0,1% frente ao iene japonês, cotado a 152,8 ienes.
No Brasil, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores (B3), que abriu o pregão em alta, perdeu força e passou a operar perto da estabilidade no fim da manhã.
Às 11h55, o indicador registrava uma leve alta de 0,01%, aos 142,1 mil pontos, praticamente estável.
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