Europa: bolsas fecham em alta com prazo de Trump para entrar na guerra

Os principais índices das bolsas de valores da Europa encerraram o último pregão da semana, nesta sexta-feira (20/6), em alta, com as atenções dos investidores voltadas aos desdobramentos da guerra entre Israel e Irã.

Os mercados europeus respiraram aliviados após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que esperaria pelo menos duas semanas para decidir se os norte-americanos entram ou não no conflito no Oriente Médio.


O que aconteceu

  • O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas europeias listadas em bolsas, fechou com ganhos de 0,13%, aos 536,53 pontos.
  • Na Bolsa de Frankfurt, na Alemanha, o índice DAX avançou 1,27%, 23,3 mil pontos.
  • Em Paris, o CAC 40 terminou o dia em alta de 0,48%, aos 7,5 mil pontos.
  • Na Bolsa de Madri, o Ibex 35 subiu 0,77%, aos 13,8 mil pontos.
  • A exceção entre os principais índices europeus foi o FTSE 100, da Bolsa de Londres, que fechou em queda de 0,2%, aos 8,7 mil pontos.

Trump pede tempo

No cenário internacional, o principal foco de atenção do mercado continua sendo a guerra entre Israel e Irã, que pode contar com a participação direta dos EUA em breve.

A guerra chegou ao oitavo dia nesta sexta, sem perspectiva de resolução. Diante da posição do presidente dos EUA, Donald Trump, que deu prazo de duas semanas para decidir se os norte-americanos ingressam diretamente no conflito, a Europa enxerga a oportunidade para uma janela de negociações com o objetivo de um cessar-fogo.

Países europeus sinalizaram a possível oportunidade diante da posição estática dos EUA no momento. Ministros das Relações Exteriores de Reino Unido, Alemanha e França estão a caminho de Genebra, na Suíça, com o intuito de manter conversas com representantes iranianos a respeito do conflito com Israel.

Autoridades dos EUA, no entanto, falam reservadamente que não enxergam a reunião com otimismo. Nessa quinta, o conflito entre os dois países foi marcado por novos bombardeios, declarações e ameaças de ambas as partes, e pelo caso do hospital Soroka, o principal do sul de Israel, que foi atingido por um míssil iraniano, deixando 71 pessoas feridas.

A fala de Trump sobre precisar de tempo para decidir a respeito da posição dos EUA diante do conflito no Oriente Médio foi feita para rebater uma informação do jornal norte-americano The Wall Street Journal no dia anterior.

A publicação havia divulgado que interlocutores próximos de Trump teriam dito ao veículo de imprensa que o presidente teria se manifestado sobre a aprovação de planos de ataque ao Irã.

“Com base no fato de que há uma chance substancial de negociações que podem ou não ocorrer com o Irã em um futuro próximo, tomarei minha decisão de ir ou não nas próximas duas semanas”, disseTrump.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou, nessa quinta, que o fato de os EUA poderem se envolver no conflito diretamente é um sinal de fraqueza de Israel.

“O próprio fato de os amigos norte-americanos do regime sionista terem entrado em cena e estarem dizendo tais coisas é um sinal da fraqueza e incapacidade desse regime”, declarou o aiatolá.

Créditos da Noticias

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