Europa: ações afundam ao menor nível em 1 mês com guerra Israel x Irã

Os principais índices das bolsas de valores da Europa tiveram um dia de perdas nesta terça-feira (17/6), em meio à escalada das tensões entre Israel e Irã, com o recrudescimento da guerra travada no Oriente Médio.


O que aconteceu

  • O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas europeias listadas em bolsas, terminou o pregão em forte baixa de 0,85%, aos 542,26 pontos. Foi o pior resultado do indicador em quase 1 mês.
  • Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX recuou 1,12%, aos 23,4 mil pontos.
  • Em Londres, o FTSE 100 fechou em baixa de 0,46%, aos 8,8 mil pontos.
  • O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, cedeu 0,76%, aos 7,6 mil pontos.
  • Em Madri, o Ibex 35 afundou 1,41%, aos 13,9 mil pontos.

Guerra entre Israel e Irã

As atenções dos investidores continuam voltadas ao Oriente Médio, com os desdobramentos da guerra entre Israel e Irã, que teve início na última quinta-feira (12/6).

De acordo com o exército de Israel, o chefe do Estado-Maior de Guerra do Irã, Ali Shadmani, foi “eliminado” após ataque aéreo a um centro de comando tripulado em Teerã. O comandante militar “sênior” é a figura mais próxima do líder supremo iraniano, Ali Khamenei.

Ali Shadmani havia sido nomeado para o cargo de chefe após o assassinato de Gholamali Rashid, na semana passada, também pelo exército israelense. Ele era o ex-chefe do Quartel-General Central de Khatam al-Anbiya.

Segundo Israel, o “centro de comando de emergência ‘Khatam al-Anbiya’ sob seu comando era responsável por gerenciar as operações de combate e aprovar os planos de poder de fogo do Irã”.

“Em seus diversos cargos, ele influenciava diretamente os planos operacionais do Irã voltados contra o Estado de Israel”, afirmaram os militares.

De acordo com o exército israelense, a eliminação de Ali Shadmani se soma a uma “série de eliminações da alta cúpula militar iraniana e enfraquece a cadeia de comando das forças armadas do Irã”.

O general de brigada israelense Effie Defrin afirmou que, na manhã desta terça e ao longo da madrugada, aproximadamente 30 mísseis foram lançados contra Israel. Segundo ele, “a maioria foi interceptada, mas alguns impactos foram identificados”.

A imprensa iraniana informou que o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmaeil Baqaei, afirmou que os ataques israelenses ao Irã são contrários às normas internacionais e contradizem todos os padrões.

Ele também disse esperar que o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o Conselho de Segurança da organização interrompam as agressões e ameaças.

Na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump, orientou que todos os cidadãos norte-americanos devem evacuar Teerã o mais rápido possível. Ele disse ainda que o regime iraniano “não pode ter uma arma nuclear”.

Trump sobe o tom contra o Irã

Nesta terça, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em sua rede Truth Social que o país sabe exatamente onde está o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, mas ainda não o matará.

“Sabemos exatamente onde o chamado ‘líder Supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não vamos matá-lo, pelo menos não por enquanto. Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando”, escreveu Trump.

Em outra mensagem, Trump escreveu, em letras garrafais: “rendição incondicional”.

O presidente norte-americano ainda afirmou que agora os EUA têm o “controle total e completo dos céus do Irã”.

“O Irã tinha bons rastreadores aéreos e outros equipamentos defensivos e muitos deles não se comparam aos ‘objetos’ fabricados, concebidos e fabricados pelos Estados Unidos. Ninguém faz isso melhor do que os bons e velhos EUA”, escreveu Trump.

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