A rodada de tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e anunciadas no dia 2 de abril deste ano – o chamado “tarifaço” – pode ser retomada em breve, caso não avancem os acordos com os demais países.
A afirmação é do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que fez um alerta para os parceiros comerciais dos norte-americanos nesta segunda-feira (30/6).
“Os países precisam estar cientes de que poderemos voltar aos níveis tarifários estabelecidos em 2 de abril”, afirmou Bessent em entrevista à Bloomberg TV.
As declarações do auxiliar de Trump foram dadas às vésperas do prazo final para que os países fechem acordos comerciais com os EUA – 9 de julho. Após essa data, as chamadas “tarifas recíprocas” devem ser retomadas.
Ainda segundo o secretário do Tesouro, o governo Trump espera “uma onda” de novos acordos comerciais antes do dia 9.
Acordo com Reino Unido
Nesta segunda-feira, EUA e Reino Unido, um dos maiores parceiros econômicos e políticos dos norte-americanos, anunciaram que o acordo comercial firmado entre os dois países entrou em vigor.
Segundo o governo britânico, os fabricantes de automóveis do país poderão exportar para os EUA com uma tarifa reduzida a 10%, “economizando centenas de milhões anualmente e gerando centenas de milhares de empregos”.
O setor aeroespacial, por sua vez, viu as tarifas de 10% serem removidas pelos norte-americanos, que firmaram o compromisso de mantê-las zeradas.
O premiê britânico, Keir Starmer, classificou o acordo com os EUA como “histórico”.
“A partir de hoje, nossas indústrias automotiva e aeroespacial de classe mundial terão tarifas reduzidas, salvaguardando setores-chave vitais para nossa economia. Sempre agiremos em prol do interesse nacional, apoiando empresas e trabalhadores britânicos, cumprindo nosso plano para a mudança”, afirmou.
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