O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (22/9) que o acordo com a China envolvendo a transferência da propriedade do aplicativo de vídeos curtos TikTok para controladores norte-americanos deve ser sacramentado ainda nesta semana.
A informação foi divulgada pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. Na semana passada, o assunto foi tema de uma conversa, por telefone, entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping.
O prazo para que o acordo fosse fechado, que se encerraria no dia 17 de setembro, foi prorrogado por Trump por mais 90 dias, até 16 de dezembro.
O acordo deve transferir os ativos do TikTok nos EUA, que atualmente pertencem à empresa chinesa ByteDance, para controladores norte-americanos.
Além da transferência da propriedade dos ativos do TikTok nos EUA, o acordo entre as duas maiores potências econômicas do mundo envolveria ainda uma cláusula que prevê a armazenagem de dados de usuários em uma plataforma de computação em nuvem administrada pela empresa norte-americana Oracle.
Segundo o governo chinês, trata-se de um acordo “ganha-ganha”, por meio do qual os dois lados saem beneficiados.
Novela sem fim
Em junho, Donald Trump prorrogou, pela terceira vez, o prazo para que a empresa chinesa ByteDance, dona do TikTok, venda a operação do aplicativo nos EUA.
No começo de abril, Trump, que se envolveu diretamente nas negociações para a venda do TikTok, já havia estendido por mais 45 dias o prazo para o desfecho do negócio. No início de maio, o presidente indicou que decretaria uma nova prorrogação.
Recentemente, Donald Trump voltou a afirmar que estava negociando uma possível venda da operação do TikTok no país.
Em declarações dadas no dia 9 de março, o republicano afirmou que as tratativas avançaram com pelo menos quatro possíveis compradores da plataforma destinada ao compartilhamento de vídeos curtos.
“Estamos negociando com quatro grupos diferentes, e muitas pessoas querem [comprar o TikTok]”, disse Trump a jornalistas.
Trump não revelou quais seriam as empresas interessadas no negócio e se limitou a dizer que os quatro grupos com quem vinha conversando eram “bons”.
O presidente dos EUA prometeu ainda que haveria um acordo para uma possível transação “em breve”.
A Amazon, gigante norte-americana de tecnologia, e um consórcio liderado pelo fundador do OnlyFans, Tim Stokely, entraram na disputa pela operação do TikTok nos EUA.
Entenda o caso
Com cerca de 170 milhões de usuários nos EUA, o TikTok foi retirado do ar no dia 19 de janeiro, pouco antes de entrar em vigor uma lei que exigia que a ByteDance vendesse o aplicativo por questões de “segurança nacional”.
Depois de assumir o mandato como presidente dos EUA, em 20 de janeiro, Trump assinou um decreto que adiou a aplicação da lei em 75 dias.
No fim de janeiro, Trump já dizia que vinha dialogando com empresários sobre a possível compra do TikTok.
No início de março, o republicano já havia afirmado que poderia estender o prazo estipulado para o acordo para além do dia 5 de abril, caso necessário.
Segundo app mais baixado
De acordo com dados da plataforma Sensor Tower, o TikTok foi o segundo app mais baixado nos EUA no ano passado, com 52 milhões de downloads (52% na App Store e 48% no Google Play).
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