Especialidades de oftalmologia, fonoaudiologia e psicologia são ofertadas
Por Andressa Rios, Ascom/SEEDF
O Espaço Saúde do Estudante fica localizado no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Cesas), na 602 Sul, aberto a todos os estudantes da rede | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.
Dois anos após a reinauguração, o Espaço Saúde do Estudante, localizado no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Cesas), na Asa Sul, tem sido referência em atendimentos de oftalmologia e fonoaudiologia, além de promover programas de saúde mental e enfermagem escolar, tudo oferecido gratuitamente. O espaço recebe, diariamente, dezenas de estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal.
As estratégias desenvolvidas são formuladas e executadas pela Gerência de Projetos de Saúde do Estudante, da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que possui como objetivo propor e executar ações de saúde destinadas aos discentes da rede pública. A diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante, da SEEDF, Larisse Cavalcante, destacou a relevância de ter um espaço destinado a atuar com diferentes temáticas envolvendo o bem-estar dos alunos.
“É fundamental. A aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades escolares têm como condição o desenvolvimento integral dos estudantes. Nesse espaço, são ofertados gratuitamente os cuidados referentes à saúde visual, auditiva e fonoaudiológica, além da saúde mental. A perspectiva pedagógica e de educação em saúde balizam todos os projetos que têm como fundamento o Programa Saúde nas Escolas”.
O programa de saúde mental do estudante, por exemplo, possui vários projetos, dentre eles: Acolhendo Corações Jovens: diálogos em saúde mental; Livres da Fumaça – Prevenção ao uso de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs); Ciranda do Coração; Falando Disso! Caminhos para prevenção a violência de gênero; Falando Disso! Caminhos para uma infância segura; Acolhimento e posvenção ao suicídio.
Larisse Cavalcante explica que falar sobre saúde mental com a comunidade escolar se tornou importante. “Os processos de adoecimento psíquico intensificaram -se após a pandemia, e apesar de não ofertarmos um atendimento clínico, o acolhimento psicológico, a escuta especializada e a parceria com os demais órgãos e Secretarias têm sido essenciais para apoiar nossos estudantes”.
Foco no estudante

O programa de oftalmologia “Novo Olhar” recebe, diariamente, estudantes para a realização de exames oculares | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.
Ademais, há também o programa de fonoaudiologia, que realiza triagens fonoaudiólogas escolares com estudantes da educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental. Exemplo disso é o projeto Caminhos da Voz, com atendimentos em grupo aos estudantes a partir das alterações verificadas nas triagens; já o projeto Fono em Cartaz contém palestras informativas voltadas para os educadores com o intuito de desenvolver estratégias de apoio a estudantes com dificuldades de linguagem oral, escrita e também audição.
O programa de oftalmologia “Novo Olhar” recebe, diariamente, estudantes para a realização de exames oculares e recebimento de óculos completos, com armação e lente, gratuitamente. Além das consultas, a ação também promove oficinas de teste de acuidade visual para que técnicos oftalmológicos treinem profissionais de educação a fim de realizar uma melhor triagem dos estudantes nas escolas.
Além desses programas, a Gerência de Projetos de Saúde do Estudante também promove projetos relacionados à prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e à gravidez na adolescência; oficinas sobre noções em primeiros-socorros e ações de combate à dengue. O contato para participar desses projetos é feito pela Coordenação Regional de Ensino (CRE), seja para encaminhar os alunos ou para inscrever as escolas.
Apoio que transforma vidas

O estudante do Cesas, Marco Leite e Silva, de 44 anos, trouxe a mãe para ajudá-lo a escolher uma armação para os novos óculos | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.
Quem aproveitou a oportunidade de ficar em dia com os exames oftalmológicos e garantir óculos novos foi Marco Leite e Silva, de 44 anos. Ele estuda no Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul (Cesas) e é considerado aluno com necessidade educacional especial (ANEE), por ter uma deficiência intelectual. Acompanhado da mãe, Marco se mostrou muito empolgado em escolher a nova armação dos óculos e ainda elogiou a escola.
“Hoje, vim para colocar os óculos para enxergar de perto e de longe. Aí, aproveitei esse espaço do Cesas feito para esse tipo de trabalho. Eu acho muito interessante, muito tranquilo e acessível”, declarou.
A mãe do estudante, Rosana Matos, de 68 anos, agradeceu não só à escola pelo espaço, mas também ao projeto que tem ajudado bastante no desenvolvimento do filho. “Aqui você não está pagando a armação, você está ganhando uma nova. Você vai em uma loja hoje e é um absurdo, então, às vezes, o aluno fica sem poder fazer, sem poder usar, porque é muito caro”.
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