A Embraer fez uma correção nos dados divulgados em seu balanço financeiro referente ao segundo trimestre de 2025. Na prática, a fabricante brasileira de aeronaves reporta, agora, um lucro líquido ajustado de R$ 675 milhões.
Na véspera, a companhia havia anunciado um prejuízo líquido ajustado de R$ 53,4 milhões no período entre abril e junho de 2025.
De acordo com comunicado ao mercado divulgado pela Embraer, os ajustes se referem à correção do valor reportado na linha “Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos”.
“A Embraer ressalta que as demonstrações financeiras do período contidas no ITR Formulário de Informações Trimestrais (ITR) foram publicadas corretamente e não há qualquer ajuste a ser realizado”, diz a empresa.
Principais dados
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 1,391 bilhão no segundo trimestre, o que representou uma alta anual de 39,7%.
Ainda segundo o balanço da Embraer, a receita líquida da companhia foi de R$ 10,3 bilhões entre abril e junho de 2025, um crescimento de 31% em relação ao mesmo período do ano passado.
A dívida líquida da Embraer, ao final de junho de 2025, era de R$ 3,759 bilhões, com queda anual de 48,4%.
Ao longo do segundo trimestre deste ano, a Embraer investiu R$ 576,5 milhões, ante R$ 507,9 milhões do mesmo período de 2024.
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Carteira de pedidos
De acordo com a Embraer, a carteira de pedidos da empresa somou R$ 29,7 bilhões no segundo trimestre deste ano, alta de 13% na comparação com o trimestre anterior e de 40% na base anual.
A Embraer confirmou suas projeções de entrega de aviões para 2025 – de 77 a 85 aeronaves comerciais e entre 145 e 155 jatos executivos.
Tarifaço
Segundo a Embraer, os resultados do segundo trimestre deste ano não foram significativamente afetados pelo tarifaço comercial anunciado pelo governo dos Estados Unidos.
De acordo com a ordem executiva assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a fabricante brasileira de aeronaves faz parte do grupo de companhias e setores que ficaram fora do tarifaço de 50% sobre os produtos exportados pelo país aos norte-americanos.
Com isso, os produtos e componentes da Embraer ficarão sujeitos apenas à tarifa de 10%, que está em vigor desde abril deste ano, na primeira etapa do tarifaço de Trump. A empresa trabalha para que as taxas caiam a 0%.
Segundo a fabricante brasileira, o maior destaque do segundo trimestre foi a aviação executiva, cujas receitas cresceram 74% em um ano.
Todas as outras unidades da empresa também registraram alta de pelo menos dois dígitos no faturamento entre abril e junho. A aviação comercial avançou 11%, enquanto defesa subiu 28%, e serviços, 23%.
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