Passando por uma das maiores crises de sua história, a montadora japonesa Nissan deve adotar um ambicioso programa de redução de custos em toda a região das Américas.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (17/6) pelo chairman da Nissan para a região, Christian Meunier, que está no Brasil para participar do lançamento do novo Kicks.
Segundo o executivo, o plano da companhia é cortar US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,5 bilhões) em custos fixos e mais US$ 1 bilhão em custos variáveis, levando a uma economia de US$ 2 bilhões (R$ 11 bilhões) até março de 2026.
A meta integra o programa de reestruturação global da Nissan, chamado de Re:Nissan, que consiste em reduzir gastos e diminuir a operação em alguns mercados, com o objetivo de recuperar a lucratividade.
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De acordo com a Nissan, as operações na América Latina e na América do Norte correspondem a 45% do volume global de vendas da empresa.
No Brasil
No Brasil, por outro lado, a montadora pretende aumentar os ganhos com a fábrica em Resende (RJ), com a produção de novos veículos.
A empresa deve aumentar o ritmo de produção da fábrica em Resende, dos atuais 24 para 32 carros por hora.
Fusão com Honda não se concretizou
Em fevereiro, Nissan e Honda confirmaram oficialmente o fim das negociações em torno de uma possível fusão entre as duas empresas.
A Nissan não aprovou a proposta apresentada pela Honda de transformá-la em uma subsidiária integral.
As conversas entre as duas montadoras sobre uma eventual fusão começaram em dezembro do ano passado, mas travaram desde que a Honda passou a cogitar assumir o controle total da Nissan.
Inicialmente, a ideia de Honda e Nissan era a de anunciar o acordo pela fusão até o fim de janeiro.
Na época, Honda e Nissan informaram que vão prosseguir com a parceria em tecnologia automotiva anunciada em agosto do ano passado.
O possível acordo com a Honda e um suposto investimento da Tesla, do bilionário Elon Musk, que não aconteceu, eram vistos como possibilidades de “salvação” da Nissan.
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