O Banco Central (BC) publicou, nesta terça-feira (24/6), a ata referente à reunião de junho do Comitê de Política Monetária (Copom). O BC elencou os motivos que levaram à sétima alta seguida da taxa básica de juros, que subiu para 15% ao ano.
No documento, o comitê diz que o ciclo de aperto monetário (aumento dos juros) foi “particularmente rápido e bastante firme”, mesmo vigente desde setembro. Segundo o Copom, “grande parte dos impactos da taxa mais contracionista ainda está por vir”.
Em função disso, o colegiado do BC comunicou a antecipação do fim do ciclo de elevação dos juros para avaliar os impactos acumulados “ainda a serem observados da política monetária”.
“O comitê avalia que, após um ciclo rápido e firme de elevação de juros, antecipa-se, como estratégia de condução de política monetária, interromper o ciclo de alta e observar os efeitos do ciclo empreendido para, então, avaliar se a taxa de juros corrente é apropriada para assegurar a convergência da inflação à meta”, afirma o Copom.
Além disso, a diretoria do Banco Central frisou que seguirá “vigilante”, acrescentando que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado.
A atual taxa Selic é a mais elevada em quase 20 anos. De acordo com a série histórica, a taxa de juros é a maior desde julho de 2006, época do fim do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entenda a situação dos juros no Brasil
- A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação.
- Os integrantes do Copom são responsáveis por decidir se vão cortar, manter ou elevar a taxa Selic. Uma vez que a missão do BC é controlar o avanço dos preços de bens e serviços do país.
- Ao aumentar os juros, a consequência esperada é a redução do consumo e dos investimentos no país.
- Dessa forma, o crédito fica mais caro e a atividade econômica tende a desaquecer, provocando queda de preços para consumidores e produtores. A inflação dos alimentos tem sido a pedra no sapato do presidente Lula (PT).
- Projeções mais recentes mostram que o mercado desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o governo Lula (PT) e do mandato de Galípolo à frente do BC.
- A próxima reunião do Copom está prevista para os dias 29 e 30 de julho.
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