O dólar operava em alta nesta segunda-feira (7/7), abrindo a semana com os investidores atentos aos desdobramentos da guerra comercial deflagrada pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Dólar
- Às 13h45, o dólar subia 1,03%, a R$ 5,48.
- Mais cedo, às 12h41, a moeda norte-americana avançava 0,73% e era negociada a R$ 5,464.
- Na cotação máxima até aqui, o dólar bateu R$ 5,482. A mínima é de R$ 5,44.
- Na última sexta-feira (4/7), o dólar fechou em alta de 0,36%, cotado a R$ 5,42.
- Com o resultado, a moeda dos EUA acumula perdas de 0,53% em julho e de 12,54% em 2025 frente ao real.
Ibovespa
- O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), operava em forte baixa no pregão.
- Às 13h51, o Ibovespa recuava 1,17%, aos 139,6 mil pontos.
- No último pregão da semana passada, o indicador fechou com ganhos de 0,24%, aos 141,2 mil pontos, renovando sua máxima histórica.
- Foi a primeira vez que o Ibovespa superou os 141 mil pontos no fechamento.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula alta de 1,73% no mês e de 17,44% no ano.
Novas ameaças de Trump
Neste início de semana, as atenções do mercado financeiro estão voltadas para a Casa Branca, após o presidente norte-americano Donald Trump fazer novas ameaças relacionadas às tarifas comerciais impostas pelos EUA.
Em meio à reunião dos líderes dos países do Brics, liderada pelo Brasil, no Rio de Janeiro, Trump anunciou nesse domingo (6/7) que “qualquer país que se aliar às políticas antiamericanas do Brics pagará tarifa adicional de 10%”.
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O anúncio aconteceu após declaração dos integrantes do bloco, no primeiro dia da reunião de cúpula. O bloco econômico é formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.
Trump anunciou que “não haverá exceções a esta política.” No início deste ano, o mandatário norte-americano exigiu o compromisso de que o bloco não substitua o dólar em transações comerciais.
Na reunião, o grupo também manifestou “sérias preocupações” com o aumento de medidas tarifárias e não tarifárias, tomadas de forma unilateral. Na visão do Brics, essas ações “distorcem o comércio e são inconsistentes com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC)”.
A declaração trouxe críticas ao “aumento indiscriminado de tarifas” e às medidas protecionistas de comércio. O comunicado, no entanto, não faz menção aos Estados Unidos de Donald Trump, que tem adotado a política do “tarifaço”.
Prazo prorrogado para o tarifaço
Acabaria na quarta-feira (9/7) a pausa de 90 dias nas tarifas mundiais impostas pelo governo dos EUA. Havia uma expectativa de que as taxas mínimas de 10% entrassem em vigor, mas Trump e o secretário de Comércio do país, Howard Lutnick, anunciaram uma nova data para que a cobrança tenha início.
Cartas serão enviadas nesta segunda-feira aos parceiros comerciais dos EUA, mostrando os novos direcionamentos. Conforme o anúncio, agora, a nova data para o tarifaço mundial será 1º de agosto.
A nova data oferece aos países mais três semanas de alívio, mas também coloca os importadores em um longo período de incerteza devido à falta de clareza em torno das tarifas.
A Casa Branca está focando seus esforços diplomáticos em 18 parceiros que, juntos, representam mais de 90% do comércio internacional dos EUA. Entre esses países, estão Índia, Tailândia, Japão e a União Europeia (UE).
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