O dólar passou a operar em leve alta nesta quarta-feira (27/8), em um dia movimentado no mercado financeiro, que repercute dados de emprego no Brasil, os ataques de Donald Trump ao Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) e falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e do presidente do BC, Gabriel Galípolo.
Dólar
- Às 12h25, o dólar subia 0,2%, a R$ 5,445.
- Mais cedo, às 11h27, a moeda norte-americana avançava 0,34% e era negociada a R$ 5,452.
- Na cotação máxima do dia até aqui, o dólar bateu R$ 5,457. A mínima é de R$ 5,429.
- Na véspera, o dólar terminou a sessão em alta de 0,34%, cotado a R$ 5,434.
- Com o resultado, a moeda dos EUA acumula perdas de 2,98% no mês e de 12,07% no ano frente ao real.
Ibovespa
- O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), operava perto da estabilidade no pregão.
- Às 12h27, o Ibovespa avançava 0,03%, aos 137,8 mil pontos, perto da estabilidade.
- No dia anterior, o indicador fechou o pregão em queda de 0,18%, aos 133,7 mil pontos.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula ganhos de 3,5% em agosto e de 14,5% em 2025.
Dados do Caged
No Brasil, as atenções do mercado se voltam para a divulgação dos dados de emprego referentes a julho deste ano, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) serão conhecidos no início da tarde. Segundo analistas do mercado, a expectativa é por uma desaceleração do mercado de trabalho no mês passado.
A média das projeções do mercado aponta uma abertura líquida de 135 mil vagas com carteira assinada no país. Em junho, o Caged registrou a criação de 166,6 mil novos postos de trabalho.
Haddad e Galípolo
Ainda no cenário doméstico, os investidores monitoram as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do BC, Gabriel Galípolo.
Haddad concede, pela manhã, uma entrevista ao UOL, em Brasília. Galípolo, por sua vez, participará de um congresso promovido pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo.
Ataques de Trump ao Fed
No front externo, o mercado segue avaliando os impactos dos novos ataques do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Federal Reserve, com o anúncio da demissão de Lisa Cook, uma das diretoras da autoridade monetária.
A ingerência do líder norte-americano no BC do país movimentou o mercado nessa terça-feira (26/8) e afetou o comportamento do dólar e as principais bolsas de valores em todo o mundo. Trump acusa Cook de suposta fraude envolvendo contratos de hipoteca.
Demitida por Trump, Cook divulgou um comunicado no qual afirma que o presidente dos EUA não tem autonomia para afastá-la do cargo. A diretora do Fed disse ainda que não renunciará. Ela foi indicada ao Fed em 2022, pelo então presidente dos EUA, Joe Biden, e é a primeira mulher negra a assumir o posto.
Balanço da Nvidia
Por fim, os investidores aguardam a divulgação dos resultados do balanço financeiro da Nvidia, gigante norte-americana na fabricação de chips para computadores e dispositivos móveis, referente ao segundo trimestre de 2025.
Os resultados serão divulgados pela companhia após o fechamento do mercado. A expectativa dos analistas está concentrada, principalmente, nos gastos com inteligência artificial (IA).
Recentemente, a Nvidia pediu a fornecedores de componentes que interrompam a produção do chip H20. A decisão foi tomada mesmo depois da empresa ter recebido uma licença especial do governo dos EUA para que pudesse exportar os chips H20 para a China – sob a condição de que 15% da receita relacionada fosse destinada ao governo norte-americano.
O chip H20 foi projetado pela Nvidia especialmente para o mercado chinês, depois de o governo do ex-presidente norte-americano Joe Biden (2021-2025), ter imposto uma série de mecanismos de controle sobre a exportação de chips mais avançados de IA.
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