O dólar operava em baixa na manhã desta terça-feira (30/9), em um dia no qual o mercado financeiro repercute dados oficiais de desemprego no Brasil, indicadores de emprego nos Estados Unidos e também a possibilidade do chamado “shutdown” – a paralisação da máquina do governo norte-americano.
Dólar
- Às 9h05, a moeda dos EUA recuava 0,1% e era negociada a R$ 5,317.
- Na véspera, o dólar encerrou a sessão em queda de 0,31%, cotada a R$ 5,322.
- Com o resultado, a moeda norte-americana acumula perdas de 1,85% em setembro e de 13,88% em 2025 frente ao real.
Ibovespa
- As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.
- No dia anterior, o indicador fechou o pregão em alta de 0,61%, aos 146,3 mil pontos.
- Durante a sessão de segunda-feira (29/9), o índice bateu seu recorde histórico intradiário, com 147.558,22 pontos.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula ganhos de 3,48% no mês e de 21,66% no ano.
Desemprego no Brasil
Na agenda econômica doméstica, o principal destaque desta terça-feira foi a divulgação dos dados oficiais de desemprego no Brasil referentes ao mês de agosto.
Em agosto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de desemprego ficou em 5,6%. Foi a menor taxa de desocupação no país de toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), iniciada em 2012, repetindo o resultado do mês anterior.
A expectativa da maioria dos analistas do mercado era mesmo a de que o desemprego em agosto tivesse ficado no mesmo patamar de julho, em 5,6%.
Em agosto, a população desocupada (6,084 milhões) foi a menor da série histórica da pesquisa, recuando nas duas comparações: -9% (menos 605 mil de pessoas) no trimestre e -14,6% (menos 1 milhão de pessoas) no ano.
A população ocupada (102,4 milhões), por sua vez, cresceu nas duas comparações: 0,5% (mais 555 mil pessoas) no trimestre e 1,8% (mais 1,9 milhão) no ano.
Risco de paralisação nos EUA
No front externo, as atenções dos investidores continuam voltadas aos EUA, em meio ao risco de “shutdown”, a paralisação da máquina pública norte-americana.
“Shutdown” significa, literalmente, paralisação. Nos EUA, o termo é aplicado para situações nas quais o governo federal tem de suspender parte de suas atividades porque o Congresso não aprova a lei orçamentária ou um crédito temporário para financiar os gastos públicos.
Sem autorização legislativa para gastar, o governo da maior potência econômica do mundo teria de suspender parte de suas atividades. Com isso, em tese, milhares de funcionários do governo podem ser dispensados, incluindo órgãos como a Nasa, parques nacionais e uma série de serviços.
Nessa segunda-feira (29/9), o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, afirmou que o governo de Donald Trump “caminha para um shutdown”. “Acho que estamos caminhando para um shutdown porque os democratas não farão a coisa certa. Sabemos que a política de saúde americana está falida. Temos tentado consertá-la nos oito meses em que estamos no poder,” disse Vance.
Para ganhar tempo na votação do orçamento, os republicanos propuseram estender o atual financiamento do governo até o dia 21 de novembro. Em contrapartida, os democratas apresentaram uma proposta que financia o governo apenas até outubro, mas inclui exigências adicionais na área da saúde.
Vagas em aberto nos EUA
Ainda nesta terça-feira, os investidores repercutem a divulgação dos dados de vagas de trabalho em aberto em agosto. Trata-se do relatório “Job Openings and Labor Turnover Survey” (Jolts), divulgado pelo Departamento do Trabalho do governo norte-americano.
Em julho, houve um recuo de 176 mil vagas de trabalho em aberto em relação a junho, para 7,18 milhões. O resultado ficou abaixo das estimativas do mercado, que eram de 7,4 milhões de vagas em aberto.
As vagas em aberto são as posições disponíveis dentro das empresas que os empregadores buscam preencher por meio de contratações. Para participar do relatório Jolts, os empregadores recebem um formulário no qual informam o número de vagas em aberto na empresa no último dia útil do mês, além do número de contratações e demissões no período.
Em tese, portanto, a redução na quantidade de vagas em aberto indica que as empresas pretendem diminuir suas contratações.
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