Dólar oscila e Bolsa renova recorde com desemprego na mínima histórica

O dólar operava perto da estabilidade nesta sexta-feira (31/10), na última sessão da semana, em um dia no qual os investidores repercutem os dados oficiais de desemprego no Brasil, que permanecem nas mínimas históricas, além do resultado financeiro da Vale no terceiro trimestre.

Dólar

  • Às 15h56, o dólar caía 0,04%, a R$ 5,379, praticamente estável.
  • Mais cedo, às 15h14, a moeda norte-americana avançava 0,02% e era negociada a R$ 5,381.
  • Na cotação máxima do dia até aqui, o dólar bateu R$ 5,398. A mínima é de R$ 5,371.
  • Na véspera, o dólar terminou a sessão em alta de 0,42%, cotado a R$ 5,38.
  • Com o resultado, a moeda dos Estados Unidos acumula ganhos de 1,09% no mês e perdas de 12,93% no ano frente ao real.

Ibovespa

Desemprego na mínima histórica

Após uma semana marcada pelo foco do mercado no noticiário internacional, os investidores voltam suas atenções, nesta sexta-feira, ao cenário doméstico. O destaque do dia é a divulgação dos dados oficiais de desemprego no país, reportados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, a taxa de desocupação no trimestre encerrado em setembro de 2025 foi de 5,6% e repetiu a menor da série histórica iniciada em 2012, recuando nas duas comparações: 0,2 ponto percentual frente ao trimestre móvel anterior (5,8%) e 0,8 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024 (6,4%).

A população desocupada (6 milhões de pessoas) foi o menor contingente da série histórica, recuando 3,3% (ou menos 209 mil pessoas) no trimestre e caindo 11,8% (menos 809 mil pessoas) no ano. Já a população ocupada (102,4 milhões) ficou estável no trimestre e aumentou 1,4% (mais 1,4 milhão) no ano.

Leia também

Segundo o levantamento do IBGE, o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi 58,7%, sem variação significativa no trimestre (58,8%) e subindo 0,3 ponto percentual (58,4%) no ano.

O número de empregados com carteira assinada no setor privado foi novo recorde da série (39,2 milhões), com estabilidade no trimestre e alta de 2,7% (mais 1 milhão de pessoas) no ano.

Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) ficou estável no trimestre e recuou 4% (menos 569 mil pessoas) no ano. O número de empregados no setor público (12,8 milhões) registrou estabilidade no trimestre e subiu 2,4% (mais 299 mil pessoas) no ano.

Vale divulga resultados

Ainda no front interno, o mercado também repercute os dados sobre o desempenho financeiro da Vale no terceiro trimestre deste ano. O balanço da companhia foi divulgado na noite dessa quinta-feira (30/10), após o fechamento do mercado.

De acordo com a Vale, o lucro líquido no período entre julho e setembro deste ano ficou em US$ 2,68 bilhões (o equivalente a R$ 14,4 bilhões, pela cotação atual).

O desempenho no terceiro trimestre deste ano representou crescimento de 11% em relação ao mesmo período de 2024. Já na comparação trimestral, o lucro da Vale aumentou 27%.

O resultado da Vale entre julho e setembro de 2025 veio acima da média das estimativas dos analistas do mercado. Segundo as projeções da LSEG, a companhia teria um lucro de US$ 2,1 bilhões no terceiro trimestre, com alta estimada em 13% em relação ao mesmo período do ano passado e de 20% na comparação trimestral.

No trimestre anterior, a Vale havia registrado lucro líquido de US$ 2,12 bilhões, uma queda de 24% em relação ao mesmo período de 2024 e abaixo das estimativas do mercado.

Ainda de acordo com o balanço divulgado pela Vale, a receita da mineradora foi de US$ 10,4 bilhões (cerca de R$ 55,6 bilhões) no terceiro trimestre. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou US$ 4,399 bilhões (R$ 23,6 bilhões), com alta anual de 17%.

Ambos os indicadores vieram acima das expectativas do mercado, que eram de US$ 10,3 bilhões e US$ 4,1 bilhões, respectivamente.

A Vale reportou, no terceiro trimestre deste ano, uma dívida líquida de US$ 16,6 bilhões (R$ 89,4 bilhões), com queda de US$ 0,8 bilhão em relação ao trimestre anterior.

Falas do Fed e balanços corporativos

Ainda nesta sexta, os investidores monitoram declarações da presidente do Federal Reserve (Fed) de Dallas, Lorie Logan, que faz um pronunciamento sobre o cenário econômico dos EUA. O Fed é o Banco Central norte-americano.

Outro integrante do Fed também deve falar nesta sexta: Raphael Bostic, membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que define a taxa básica de juros da economia norte-americana.

Nesta semana, a autoridade monetária dos EUA promoveu o segundo corte consecutivo nos juros do país, de mais 0,25 ponto percentual, o que levou a taxa a se situar no intervalo entre 3,75% e 4% ao ano – o menor patamar desde novembro de 2022.

A votação não foi unânime. Stephen Miran, novo integrante do Fed, indicado por Donald Trump, votou por um corte maior, de 0,5 ponto percentual, enquanto Jeffrey R. Schmid votou pela manutenção da taxa de juros.

Embora o mercado esteja esperando mais um corte de 0,25 ponto percentual na última reunião do Fed em 2025, programada para os dias 9 e 10 de dezembro, o presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, em entrevista coletiva após o anúncio da redução dos juros, não garantiu que o ciclo de cortes vai continuar.

Ainda na agenda internacional, o mercado está atento à divulgação dos resultados financeiros de quatro gigantes nesta sexta-feira: Exxon Mobil e Chevron, que estão entre as maiores companhias de petróleo do mundo; BYD, empresa chinesa de veículos elétricos; e Mitsubishi, grupo japonês que atua nos mercados automotivo, de energia e finanças.

Créditos da Noticias

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *