Os mercados de câmbio e ações operaram no modo de aversão a risco, ou seja, com o freio de mão puxado nesta terça-feira (4/11). Com isso, o dólar registrou alta de 0,77% frente ao real, cotado a R$ 5,39. Às 17 horas, o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), operava em leve queda de 0,08%, aos 150.334,76, depois de oscilar ao longo de todo o pregão .
Na avaliação de Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o dólar avançou hoje acompanhando o movimento global de valorização da moeda americana, em meio à incerteza sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
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“A cautela dos investidores se soma à queda do petróleo e do minério de ferro, que pressiona moedas de países exportadores de commodities”, diz Shahini. “No Brasil, o movimento é amplificado por uma realização de lucros com o real, após o ciclo recente de valorização.”
O analista observa que o mercado também aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), sobre o valor da taxa básica de juros do país, a Selic. O novo número será definido nesta quarta-feira (5/11). Há consenso no mercado de que ele será mantido no atual patamar de 15% ano ano. A dúvida, contudo, é se o Copom dará algum sinal sobre um arrefecimento da política monetária no Brasil.
Baixa global
A mencionada aversão a risco não se restringiu ao Brasil. Ela marcou o desempenho das bolsas nos Estados Unidos e na Europa. Em Nova York, por volta das 17 horas, havia queda generalizada entre os principais índices. O tombo era de 1,20% no S&P 500; de 0,66% no Dow Jones; e de 1,95% no Nasdaq, que concentra ações de empresas de tecnologia.
Na Europa, a maior parte das bolsas fechou no vermelho. O índice Stoxx 600 registrou queda de 0,37%. Na Bolsa de Frankfurt, o DAX baixou 0,8%, o CAC 40, da Bolsa de Paris, recuou 0,5%. Apenas em Londres, o FTSE 100 fechou em leve alta de 0,14%.
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