Um levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revelou que a devastação da Amazônia Legal aumentou 15% nos dez primeiros meses do chamado calendário do desmatamento, que vai de agosto de 2024 a julho de 2025 e é definido em razão do regime de chuvas na região.
O estudo mostra que 2.825 km² de vegetação foram derrubados, o que representa 375 km² a mais do que no período anterior, de agosto de 2023 a maio de 2024, quando foram registrados 2.450 km² afetados, com base nos dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).
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A área derrubada supera o tamanho da cidade de Palmas, capital de Tocantins, sendo a sétima maior destruição da série histórica.
Apesar do crescimento na devastação no último ano, a pesquisa apontou uma diminuição de 6% em maio deste ano, em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Amazônia em alerta
O instituto alerta que o aumento da degradação no acumulado do calendário é preocupante e está diretamente relacionado às grandes queimadas que ocorreram no verão amazônico, em setembro e outubro de 2024.
De acordo com a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim, “a perda de floresta está em tendência de crescimento. É fundamental que os órgãos de comando e controle reforcem as ações voltadas à contenção da devastação, que compromete a integridade das florestas, sua biodiversidade e contribui com o processo das mudanças climáticas”.
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