A Boeing, gigante norte-americana do setor de aviação, registrou a primeira greve de trabalhadores que atuam em fábricas da área de defesa em quase 30 anos. A paralisação ocorre na cidade de St. Louis, no estado do Missouri, nos Estados Unidos.
Integrantes do sindicato da categoria recusaram uma proposta apresentada pela companhia que aumentaria os salários em 20% e elevaria as contribuições para a aposentadoria.
Até o momento, segundo informações da Bloomberg, cerca de 3,2 mil trabalhadores da Boeing cruzaram os braços. A greve teve início na madrugada desta segunda-feira (4/8).
É primeira greve na Boeing desde 1996. Na época, a paralisação durou 100 dias.
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“Os membros do Distrito 837 da IAM falaram alto e claro: eles merecem um contrato que reflita suas habilidades, dedicação e o papel crucial que desempenham na defesa do nosso país,” afirmou o principal representante do sindicato, Tom Boelling, por meio de nota.
Nas instalações de defesa da Boeing, são fabricadas aeronaves de combate como o F-15 e o jato de treinamento T-7, além de mísseis e munições. A fábrica também produz componentes para os jatos comerciais 777-X.
O que diz a Boeing
Também por meio de comunicado, o vice-presidente da Boeing e executivo sênior da unidade de St. Louis, Dan Gillian, disse que a empresa está “preparada para a greve” e já colocou em operação um “plano de contingência para garantir que a força de trabalho não envolvida na paralisação continue dando suporte aos clientes”.
A divisão de defesa e espaço da Boeing foi responsável por cerca de 30% da receita da fabricante norte-americana no segundo trimestre deste ano. O setor registrou lucro pelo segundo trimestre consecutivo no período entre abril e junho.
A unidade que entrou em greve, no entanto, é bem menor do que a divisão de aviões comerciais da Boeing, fortemente atingida por uma greve deflagrada no fim do ano passado que interrompeu a produção na região de Seattle por várias semanas.
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