A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ouviu, nesta quinta-feira (4), Eliane Viegas Mota, diretora de Auditoria de Previdência da CGU (Controladoria-Geral da União). O depoimento, avaliado como “técnico” por governistas e opositores, promete ampliar o escopo da investigação.
A representante da CGU, durante a oitiva, apontou haver “sinalizações de problemas” em relação ao crédito consignado. O relator da CPMI, Alfredo Gaspar (União-MA), considera que o colegiado precisa investigar essa modalidade, mas que isso será feito de forma técnica e baseada em dados.
“Hoje, tecnicamente falando, a CGU demonstrou que os consignados podem ser um grande problema e não podemos deixar isso para muito adiante. Precisamos adentrar também nessa questão porque os brasileiros querem saber se continuam sendo roubados”, afirmou a jornalistas.
Parlamentares governistas e de oposição elogiaram o rigor técnico do depoimento e, do ponto de vista político, veem saldo positivo.
De um lado, congressistas aliados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consideram a oitiva proveitosa por expor irregularidades descobertas ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Do outro, a oposição analisa que ficou provado que, já no governo petista, a CGU fez recomendação de providência, que teria sido ignorada.
Próximos passos
Na próxima semana a CPMI do INSS realiza a oitiva de Carlos Lupi. O ex-ministro da Previdência, que pediu demissão em meio à repercussão do escândalo, irá à comissão na próxima segunda-feira (8).
Nesta quinta, a CPMI informou ter intima “careca do INSS” para prestar depoimento A oitiva de Antônio Carlos Camilo Antunes está marcada para 15 de setembro.
A comissão também marcou para 18 de setembro a oitiva de Maurício Camisotti, empresário do setor de saúde e alvo de investigação da Polícia Federal.
Por Por Brasília
Fonte CNN Brasil
Foto: Carlos Moura/Agência Senado
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