Cotado para suceder Powell no Fed defende corte de juros em setembro

Um dos nomes apontados como favoritos a suceder Jerome Powell como presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), o diretor da autoridade monetária Christopher Waller defendeu nesta quarta-feira (3/9) a redução da taxa de juros já a partir deste mês de setembro.

As declarações de Waller foram dadas durante entrevista à CNBC. Além dele, também são especulados os nomes do ex-diretor Kevin Warsh e do chefe do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hasset.

Atualmente, os juros básicos nos EUA estão situados no intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano – ainda não houve nenhum corte desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, tomou posse na Casa Branca para o seu segundo mandato.

A maioria dos analistas do mercado aposta no início do ciclo de cortes já a partir da próxima reunião da autoridade monetária, nos dias 16 e 17. A expectativa é que haja uma queda de 0,25 ponto percentual nos juros.

O que disse Waller

Na entrevista, Waller afirmou que, se necessário, os dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed podem “ajustar o ritmo de flexibilização dos juros” para acompanhar a evolução dos indicadores da economia norte-americana. A elevação dos juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação.

Questionado sobre os efeitos dos juros sobre a economia, Waller disse que alguns setores, como o mercado imobiliário, estão sendo penalizados com a diminuição da atividade econômica – o que acaba afetando a compra de moradias.

O diretor do Fed também rechaçou a posssibilidade de que os EUA enfrentem, neste momento, algum risco de recessão.

“Se o mercado de trabalho estivesse ruim por causa da imigração, veríamos números descontrolados”, afirmou Waller, lembrando que o desemprego segue em patamares baixos. “Nosso objetivo é garantir o emprego pleno”, completou.

Sucessão

Christopher Waller também foi indagado a respeito da possibilidade de suceder Jerome Powell, atual presidente do Fed, cujo mandato termina em maio de 2026. A indicação caberá a Donald Trump.

O diretor do Fed despistou ao afirmar que não participou de “nenhuma entrevista para o cargo” até agora, embora tenha admitido que se encontrou com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, para tratar de “outros assuntos”.

“Também não tenho nenhuma entrevista marcada agora nem para os próximos dias”, brincou Waller.

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