As novas pontes anunciadas pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) para melhorar o trânsito na região leste do Distrito Federal terão três faixas, em cada sentido. A região é formada pelo Lago Sul, Paranoá, Tororó, Altiplano Leste, Jardim Botânico, São Sebastião, Itapoã e Jardins Mangueiral. A vizinhança é diariamente castigada por imensos engarrafamentos.
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Segundo o governador, a região leste tem um grande potencial de crescimento, mas Brasília está “estrangulada” sem a infraestrutura adequada. O Governo do DF (GDF) planeja investir aproximadamente R$ 1,8 bilhão nas obras.
“Brasília não era pensada para o futuro, era pensada olhando para trás, criando problemas para as pessoas. Estamos pensando Brasília para 20, 30, 40, 50 anos. O desenvolvimento da nossa cidade tem que ser pensado assim”, disse.
Atualmente, os moradores da região dependem da Ponte JK e da Barragem do Paranoá. Mas a primeira está saturada pelo grande número de veículos que trafegam pelo local, e a segunda não foi projetada para trânsito pesado, sendo usada de forma improvisada.
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Ônibus
A Secretaria de Obras será responsável por uma das pontes novas, ligando a região da QI 28 do Lago Sul, perto da Ermida Dom Bosco, e um linhão de energia com a área entre Academia de Tênis e o Clube de Golfe de Brasília. De acordo com o secretário, a obra será erguida em terrenos públicos.
“Será uma ponte com três faixas mais corredor exclusivo de ônibus, ciclovia e calçadas (nos dois sentidos)”, contou o secretário de obras Valter Casimiro. Casimiro faz questão de frisar a inclusão de corredores exclusivos para ônibus. “É uma meta do governador criar corredores para todas as regiões do DF”, enfatizou. O secretário reforça que as faixas de ônibus na ponte serão usadas para uma linha de BRT (Bus Rapid Transit) para atender a região.
A pasta estima, inicialmente, o investimento de R$ 1,3 bilhão. Deste total, R$ 900 milhões serão destinados especificamente para a nova ponte, e R$ 400 milhões aplicados em acessos, viadutos e entroncamentos.
O GDF negocia, ainda, financiamento com instituições financeiras como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil. A ideia é lançar a licitação já no segundo semestre de 2025.
Barragem
A Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) ficará encarregada pela segunda ponte nova, para substituir a passagem improvisada sobre a Barragem do Paranoá.
Segundo presidente da Terracap, Izidio Santos, a ponte será erguida a aproximadamente 400 metros de distância à jusante da barragem, ou seja na parte seca no pequeno vale sobre um córrego que passa sobre a região.
A ideia criar uma ligação partindo o balão do Paranoá, perto da barragem, até o Altiplano. Segundo Santos, o projeto está área pública e não vai afetar condomínios e área edificadas e consolidadas. “Não vai ter desocupação de área”.
“Essa ponte foi planejada para ter três faixas de cada lado, totalizando seis, mais ciclovia e calçadas”, contou. Segundo Santos, o valor da obra é de aproximadamente R$ 500 milhões. A Terracap usará recursos próprios.
Atualmente, passam mais de 5 mil veículos sobre a barragens nos horários de pico. Ao final de cada dia, trafegam sobre o trecho improvisado mais de 50 mil carros.
Integração
Segundo Izidio, a região tem uma vocação para habitações unifamiliares, casas, e o projeto das duas pontes se integra junto à proposta de um novo sistema viário para a vizinhança. Além disso, de acordo com o presidente da Terracap, o projeto também considerou a questão ambiental e buscará os menores impactos ao meio ambiente. A agência espera lançar o edital ainda em 2025.
“Qualquer empreendimento público do GDF é aprovado urbanisticamente e licenciado ambientalmente. Tudo isso é levado em consideração para a gente aprovar qualquer tipo de obra”, pontuou Izidio.
Após o lançamento dos editais, o GDF espera concluir as novas pontes dentro de um prazo entre 2 e 3 anos.
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