O índice de Confiança do Comércio (Icom), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou a segunda queda mensal consecutiva em agosto deste ano. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28/8).
De acordo com o levantamento, o indicador recuou 4 pontos entre julho e agosto de 2025, para 83,1 pontos.
Em médias móveis trimestrais, houve uma queda de 1,9 ponto, para 86,5 pontos.
Queda disseminada da confiança
De acordo com a pesquisa da FGV, houve uma queda da confiança de forma disseminada nos seis principais segmentos do setor. Ela foi influenciada, principalmente, pelas perspectivas para os próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA-COM) sofreu a terceira queda consecutiva, agora de 1,7 ponto, para 86,5 pontos. Os indicadores que medem a avaliação sobre a situação atual dos negócios e o volume de demanda atual recuaram, puxando o índice para baixo.
O Índice de Expectativas (IE-COM), por sua vez, cedeu 6,4 pontos no mês, para 80,3 pontos, também influenciado por quedas dos quesitos que o compõem, como os indicadores que medem as perspectivas de vendas nos próximos três meses e as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses.
Análise
Segundo Geórgia Veloso, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), “a confiança do comércio registra sua segunda queda consecutiva, agora mais intensa, devolvendo o avanço observado no segundo trimestre”.
“A queda foi disseminada, sendo observada não apenas em todos os indicadores que compõem o índice, mas também de forma generalizada em todos os principais segmentos. A manutenção dos componentes do índice abaixo dos 90 pontos e a queda mais intensa nas expectativas representam pontos de atenção para o setor para os últimos meses do ano”, avalia Geórgia.
“Esse quadro reflete as preocupações do setor com o ambiente macroeconômico, com destaque para a crescente pressão do custo financeiro sobre os negócios”, conclui.
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