Conferência global em Brasília reforça papel da cultura e da ciência na preservação da água – Caesb

Começou, nesta terça-feira (5), a 6ª Conferência Internacional da Rede Global de Museus da Água (WAMU+NET), que reúne especialistas de mais de 40 países para discutir o papel dos museus e instituições culturais na adaptação às mudanças climáticas. Realizado no Espaço Cultural Caesb, o evento é organizado pela Adasa, em parceria com a UNESCO, a Caesb e a Global Network of Water Museums.

Com o tema “Adapting to Climate Change: The Role of Museums in Promoting New Water Uses for Resilient Futures” (Adaptação às Mudanças Climáticas: o papel dos museus na promoção de novos usos da água para futuros resilientes), a conferência integra a agenda internacional do Programa Hidrológico Intergovernamental da UNESCO (UNESCO-IHP) e chega ao Brasil em um momento estratégico, às vésperas da COP 30, que será realizada em Belém (PA).

A cerimônia de abertura contou com pronunciamentos da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, do secretário de Estado do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes, do diretor-presidente da Adasa, Raimundo Ribeiro, do presidente da Caesb, Luis Antonio Reis, e do diretor da Adasa e coordenador do projeto Memorial Internacional da Água (MINA), Rogério Rosso.

O presidente da Caesb, Luis Antonio Reis, deu as boas-vindas aos participantes e passou a palavra ao diretor-presidente da Adasa, Raimundo Ribeiro, que enfatizou o simbolismo de Brasília sediar o evento. “Mais do que um encontro, esta conferência representa a alma que resgata a história da água. Brasília, berço das águas do continente, se orgulha em sediar um evento que une ciência, cultura e governança em torno desse bem essencial”, enalteceu.

A vice-governadora Celina Leão destacou o papel do Distrito Federal na integração entre políticas públicas e educação ambiental. “O bem mais precioso que temos é a água, e não há sustentabilidade sem união entre governo, instituições e sociedade. Trazer o Museu das Águas para Brasília é reafirmar nosso compromisso com a educação, a ciência e o futuro das novas gerações. É por isso que estamos aqui nesta manhã — para anunciar o MINA, que será entregue ainda nesta gestão, com o lançamento da pedra fundamental. Queremos que seja um local de educação, ciência e cultura, aberto ao mundo, mas também à nossa rede pública, para que os alunos conheçam a história das águas e desenvolvam uma consciência voltada à sustentabilidade”, declarou.

O secretário de Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, lembrou o esforço conjunto das instituições do DF na gestão dos recursos hídricos e na promoção da sustentabilidade. “A integração entre os órgãos ambientais, a Caesb e a Adasa demonstra que o DF tem uma agenda sólida voltada à preservação da água e ao fortalecimento da cultura ambiental”, pontuou.

Encerrando as falas, o diretor da Adasa e coordenador do projeto MINA, Rogério Rosso, reiterou o esforço coletivo que tornou o evento possível. “Trabalhamos muito para que Brasília recebesse esta conferência. Hoje iniciamos um programa que vai colocar o Brasil no mapa mundial da preservação da memória hídrica”, celebrou.

A solenidade contou ainda com a presença do diretor executivo da Global Network of Water Museums, Eriberto Eulisse, a participação virtual do diretor da Divisão de Ciências da Água da UNESCO, Abou Amani, e um vídeo de saudação do presidente da WAMU+NET, Eddy Moors, que destacaram o papel do Brasil na promoção da cultura da água e na construção de soluções globais para os desafios climáticos. Também compuseram o dispositivo, os diretores da Adasa Vinícius Benevides, Félix Palazzo e Apolinário Rebelo, além do ouvidor da Agência, Fernando Martins.

Para Eulisse, o MINA representa um projeto visionário de alcance global. “Oscar Niemeyer já sonhava em reunir, em um só lugar, as diferentes histórias da água para ensinar sobre sustentabilidade. Esse sonho começa a se concretizar aqui, em um espaço que simboliza a união dos museus da água e do patrimônio hídrico de todo o mundo”, arrematou.

A 6ª Conferência Internacional da WAMU+NET segue até quinta-feira (7), com uma programação voltada ao intercâmbio de experiências entre museus, universidades e instituições dedicadas à gestão e valorização da água, com foco em educação para a sustentabilidade, patrimônio hídrico, tecnologias ancestrais e resiliência comunitária.

Fonte: Adasa

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