Câmeras nas unidades de saúde são avanço, mas servidores esperavam mais

Após pressão do SindSaúde, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) anunciou a instalação de 12 mil câmeras de segurança e detectores de metal em hospitais, UPAs e demais unidades de saúde. A medida tem o objetivo de conter os frequentes casos de violência registrados nas unidades — uma pauta antiga do sindicato.

De janeiro a maio de 2025, foram registradas 475 ameaças e agressões contra profissionais da saúde, segundo levantamento da Polícia Civil do DF. Os dados incluem ocorrências como lesão corporal, vias de fato, ameaça e dano ao patrimônio. Um cenário alarmante que, além de colocar a vida dos trabalhadores em risco, também afeta diretamente o atendimento à população.

A medida anunciada, no entanto, não contempla o que os servidores mais esperavam: mais profissionais para dividir a sobrecarga e garantir um atendimento digno à população. A instalação das câmeras é bem-vinda, mas é paliativa diante do que realmente precisa ser feito. A população quer atendimento — e para isso é preciso contratar mais servidores e valorizar quem já está na linha de frente.

Além disso, a iniciativa levanta dúvidas entre os profissionais: será que as câmeras servirão apenas para proteger ou também para vigiar os trabalhadores?

O SindSaúde, que há meses cobra providências efetivas para conter a violência nas unidades, ressalta que a medida só foi anunciada após a mobilização da categoria.

“Essa medida não veio por iniciativa do governo, veio por pressão e da gravidade da situação. São 475 registros até maio — isso não é um número, são vidas colocadas em risco todos os dias. Vamos fiscalizar a implementação das câmeras e continuar cobrando mais segurança, respeito e valorização”, afirmou a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

O sindicato continuará acompanhando a execução das ações anunciadas, reforçando seu compromisso com a defesa da vida, da integridade e da valorização dos servidores da saúde do DF.

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