Jair Bolsonaro (PL), em prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é a quarta pessoa a ocupar a Presidência da República presa desde a redemocratização.
Além de Bolsonaro, Fernando Collor (sem partido), Michel Temer (MDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já foram presos.
Relembre os casos:
Fernando Collor
A prisão de Collor ocorreu em Maceió, Alagoas, às 4 horas da manhã do dia 24 de abril deste ano, quando estava se deslocando para Brasília, para cumprimento espontâneo da decisão do ministro Alexandre de Moraes.
Em maio, o Supremo autorizou o ex-presidente a cumprir pena em prisão domiciliar, após a defesa de Collor comprovar que ele sofre de doenças graves, como Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar. O benefício foi concedido em caráter humanitário.
Fernando Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão em regime inicial fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora.
Michel Temer
Presidente da República entre 2016 e 2018, Temer foi preso preventivamente em março de 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro.
A prisão ocorreu âmbito da Operação Descontaminação, que investigou um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, fraudes de licitação e cartel em relação à construção da usina nuclear Angra 3, localizada no Rio de Janeiro.
A ação foi um desdobramento da Lava Jato. Em delação premiada à PF (Polícia Federal), o engenheiro e empresário José Antunes Sobrinho disse que o ex-presidente estaria ciente do pagamento de R$ 1,1 milhão em propina a ele.
Temer foi solto após decisão do desembargador Antonio Ivan Athié, do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região). Ele ficou preso por quatro noites no prédio da Polícia Federal.
Lula
O presidente Lula foi preso em abril de 2018, também alvo da Lava Jato.
O petista foi condenado em 2017 pelo então juiz e hoje senador Sergio Moro, que atuava na 13ª Vara Federal de Curitiba, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).
De acordo com a decisão da época, Lula teria recebido o imóvel como propina da construtora OAS (atual Grupo Metha) em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras, o que o petista nega.
Lula se entregou no Sindicato dos Metalúrgicos, localizado no ABC Paulista, São Paulo. Ele passou 580 dias preso em Curitiba, sendo liberado em novembro de 2019 após decisão do STF.
*Publicado por Leticia Martins
Por Por Brasília
Fonte CNN Brasil
Foto: Reprodução CNN Brasil
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