Após a prisão de um homem suspeito de envolvimento no ataque hacker que movimentou pelo menos R$ 541 milhões e abalou o sistema financeiro nesta semana, o Banco Central (BC) divulgou uma nota na qual nega qualquer vínculo com a C&M Software, empresa alvo da ação criminosa.
João Nazareno Roque teria confessado que deu acesso aos hackers, pela máquina dele, ao sistema sigiloso do banco. De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, no decorrer das investigações, foi possível identificar que Nazareno facilitava “que demais indivíduos realizassem transferências eletrônicas em massa, no importe de R$ 541 milhões para outras instituições financeiras”.
A C&M Software é responsável pela mensageria que interliga instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) – o que engloba o ambiente de liquidação do Pix, sistema de transferências e pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC) em 2020 e amplamente utilizado pelos brasileiros.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (4/7), o BC afirma que “nem a C&M, nem os seus representantes e empregados, atuam como seus terceirizados ou com ele mantêm vínculo contratual de qualquer espécie”.
“A empresa é uma prestadora de serviços para instituições provedoras de contas transacionais”, esclarece a autoridade monetária.
Além da prisão do suspeito pelo ataque hacker, também foi determinado o bloqueio de R$ 270 milhões de uma conta utilizada para “recepcionar os valores milionários desviados”.
A Polícia Civil de São Paulo segue as investigações para identificar e prender outros suspeitos de envolvimento no crime. Há ainda um outro inquérito sobre o caso, instaurado pela Polícia Federal (PF).
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