A equipe econômica do C6 Bank atualizou, em relatório divulgado nessa quinta-feira (3/7), suas estimativas sobre o cenário macroeconômico brasileiro para 2025 e 2026.
A instituição financeira diminuiu as projeções para a inflação no país neste ano e também para o câmbio de 2025 e 2026.
Os analistas do C6 também passaram a estimar um crescimento maior do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no ano que vem.
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Inflação
De acordo com o banco, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5%, ante 5,3% da projeção anterior.
De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.
Portanto, para o C6, a inflação no Brasil em 2025 ficará um pouco acima do teto da meta.
“A recente queda nos preços de commodities e o enfraquecimento do dólar trazem uma melhora temporária para a inflação de alimentos e bens industriais no Brasil”, afirmou o economista-chefe do C6 Bank, Felipe Salles.
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país
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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros
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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas
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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação – quando o controle de todos os preços é perdido
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PIB
Segundo o relatório do C6 Bank, a economia brasileira deve registrar um crescimento maior do que vinha sendo projetado em 2026.
Para 2025, o PIB brasileiro deve crescer 2% – mesma estimativa do último relatório. Já para 2026, a alta estimada foi de 1,5%, ante 1% da última projeção.
Dólar
Em relação ao câmbio, a equipe econômica do C6 reduziu as estimativas para o dólar neste ano, de R$ 6 para R$ 5,50.
Para 2026, a estimativa caiu de R$ 6,50 para R$ 6. “Fatores domésticos limitam uma valorização mais acentuada da moeda brasileira”, observa Salles.
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