Vítimas, sumiços e tragédias: relembre brasileiros mortos no exterior

Viajar para o exterior pode ser o sonho de muitos, mas tragédias envolvendo brasileiros fora do país revelam o lado triste e sombrio dessa experiência. Casos de mortes acidentais, assassinatos e desaparecimentos reancendem o alerta sobre os riscos de se aventurar longe de casa — e revelam a vulnerabilidade de quem está distante da família e das instituições brasileiras.

Certos casos trazem o sofrimento de parentes que, além da dor da perda, enfrentam a lentidão da burocracia internacional para conseguir enterrar os entes queridos. O caso mais recente é o da fotógrafa Juliana Marins, morta em uma trilha na Indonésia.

Mas Juliana está longe de ser a única vítima. A seguir, o Metrópoles relembra histórias impactantes de brasileiros que morreram em diferentes países.

Entenda o caso de Juliana Marins

  • A brasileira Juliana Marins foi encontrada morta, na terça-feira (24/6), após passar quatro dias à espera do resgate.
  • A jovem era publicitária e compartilhava nas redes sociais diversas experiências em outros países.
  • Na Indonésia, durante uma viagem de mochilão, ela despencou de um penhasco enquanto fazia a trilha do segundo maior vulcão do país, o Rinjani, em Lombok.
  • A carioca caiu em um barranco com centenas de metros de profundidade, em direção ao lago Segara Anak.
  • A autópsia apontou que ela morreu em decorrência de um trauma contundente, que afetou os órgãos internos, além de hemorragia.

16 imagensJuliana MarinsJuliana Marins pouco antes do acidenteBrasileira caiu em um penhasco durante trilha na última sexta-feira (20/6)Juliana MarinsJuliana MarinsFechar modal.1 de 16

Ela foi encontrada morta quatro dias depois

Instagram/Reprodução2 de 16

Juliana Marins

Reprodução/Instagram3 de 16

Juliana Marins pouco antes do acidente

4 de 16

Brasileira caiu em um penhasco durante trilha na última sexta-feira (20/6)

Instagram/Reprodução5 de 16

Juliana Marins

Rede social/Reprodução6 de 16

Juliana Marins

Reprodução/X7 de 16

Juliana Marins

Reprodução/X8 de 16

Juliana Marins

Reprodução/X9 de 16

Juliana Marins

Reprodução10 de 16

Reprodução/ Redes sociais11 de 16

Tragédia ocorreu no vulcão Rinjani, na Indonésia

Reprodução12 de 16

Vulcão Indonésia

Getty Images13 de 16

Resgate

Reprodução/ Parque Nacional do Monte Rinjan14 de 16

Resgate de Juliana

Reprodução/ Parque Nacional do Monte Rinjan15 de 16

Resgate de brasileira

Reprodução/ Parque Nacional do Monte Rinjan16 de 16

Resgate na Indonésia

Reprodução/ Parque Nacional do Monte Rinjan

Édson Vandeira: fotógrafo e montanhista morto no Peru

O fotógrafo e montanhista Édson Vandeira, de 36 anos, desapareceu no fim de maio de 2025 durante uma expedição na Cordilheira Blanca, no Peru. Reconhecido internacionalmente por seu trabalho com imagens de natureza, o brasileiro tentava escalar o Nevado Artesonraju, montanha de mais de 6 mil metros de altitude. O corpo a vítima, foi encontrado no domingo (22/6).

Ele partiu para a subida no dia 29/5, acompanhado de dois guias peruanos, e deveria retornar no início de junho — mas nunca mais foi visto com vida.

Equipes de resgate iniciaram buscas intensas na região, com uso de drones, helicópteros e apoio do Itamaraty. Uma barraca foi localizada parcialmente soterrada pela neve, mas os corpos só foram encontrados semanas depois, no dia 22 de junho, em uma área de difícil acesso. A suspeita é de que o trio tenha alcançado o cume da montanha, mas sofrido um acidente na descida, considerada técnica e perigosa.

Leia também

O corpo de Édson foi sepultado cinco dias depois, em 27 de junho, na cidade de Yungay, aos pés da montanha que ele tanto sonhava escalar.

A cerimônia contou com homenagens da Associação de Guias de Montanha do Peru e emocionou colegas e familiares. Apaixonado por aventuras e natureza extrema, Édson deixou um legado de coragem e sensibilidade — e uma coleção de imagens que eternizam sua conexão com o mundo selvagem.

Imagem colorida, O fotógrafo e montanhista Édson Vandeira, de 36 anos - MetrópolesO fotógrafo e montanhista Édson Vandeira, de 36 anos

Flávio de Castro Sousa: morte no Ano-Novo às margens do rio Sena

Flávio de Castro Sousa, fotógrafo mineiro de 36 anos, desapareceu em Paris no fim de novembro de 2024, após estender a estadia na cidade para aproveitar alguns dias de folga. No dia 26, ele caiu no rio Sena e foi resgatado com sinais de hipotermia, mas seguiu na capital francesa.

No dia seguinte, câmeras de segurança registraram o momento em que ele deixou o celular próximo ao rio e caminhou na direção da água — e não foi mais visto desde então. A partir dali, começou uma campanha de buscas mobilizada por amigos e familiares, com o apoio da polícia francesa e da Interpol.

O corpo de Flávio foi encontrado somente em 4 de janeiro de 2025, preso em galhos do rio Sena, na região de Saint-Denis — cerca de 20 km distante do ponto onde teria desaparecido. O cadáver já estava em avançado estado de decomposição, e a confirmação de que se tratava do brasileiro veio por meio de um teste de DNA. O laudo da autópsia apontou afogamento como causa da morte e não identificou sinais de violência, embora exames toxicológicos ainda estivessem pendentes.

Em 25 de março, quase quatro meses após o desaparecimento, o corpo de Flávio foi cremado em Paris. A cerimônia ocorreu no cemitério Père Lachaise, com a presença de poucos amigos. A família, que arcou com cerca de R$ 23 mil em despesas, realizou uma rifa para arrecadar fundos.

A mãe do fotógrafo, Marta Maria, ainda aguarda a chegada das cinzas em Minas Gerais, enquanto cobra explicações mais detalhadas sobre as circunstâncias da morte do filho. O caso segue sob investigação na França.

Imagem colorida do fotógrafo Flávio de Castro SousaFlávio de Castro Sousa, de 36 anos, era fotógrafo

Jean Charles de Menezes: morto por engano no metrô de Londres

Jean Charles de Menezes, eletricista brasileiro de 27 anos, foi morto pela polícia de Londres, na Inglaterra, em 22 de julho de 2005 após ser confundido com um terrorista. Baleado sete vezes na cabeça dentro de um vagão do metrô, Jean foi alvo de uma operação marcada por falhas e tensão extrema, dias após atentados que abalaram a capital britânica. Ele morava no mesmo prédio ligado a suspeitos e, mesmo sem representar ameaça, foi executado sem chance de defesa.

A tragédia gerou comoção internacional e levantou debates sobre o uso da força, segurança pública e direitos humanos. Investigações apontaram erros graves na comunicação e abordagem da polícia, mas nenhum agente foi responsabilizado criminalmente. A única punição foi uma multa aplicada à corporação por violações de segurança.

Sem justiça, a família recorreu a tribunais europeus, mas não obteve êxito. Anos depois, o caso continua sendo lembrado como um marco da violência policial por erro de identificação. Em 2024, o Disney+ lançou a série Caso Jean Charles: Um Brasileiro Morto por Engano, reacendendo o debate sobre os limites da força em tempos de medo e terrorismo.

Imagem colorida, Vítimas, sumiços e tragédias: relembre brasileiros mortos no exterior - MetrópolesJean Charles de Menezes, eletricista brasileiro de 27 anos

Crédito da Notícia

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *