O Banco Central (BC) realizou, na sessão desta quarta-feira (25/6), dois leilões simultâneos, das 9h30 às 9h35, no mercado de câmbio.
O leilão à vista ofertou US$ 1 bilhão. Em paralelo a essa operação, também foram ofertados 20 mil contratos de swap cambial reverso, o que também equivale a US$ 1 bilhão.
No leilão de swap reverso, a taxa de corte foi de 6,0100 e foram aceitas duas propostas, com data de vencimento em 1º de agosto de 2025.
No leilão de dólar à vista, por sua vez, o BC aceitou oito propostas, com um diferencial de corte de -0,000300.
Entenda
Swap (“troca”, em tradução livre) é um derivativo financeiro que promove, de forma simultânea, a troca de taxas ou rentabilidade de ativos financeiros entre agentes econômicos. Por meio desse instrumento, o BC busca evitar movimentos disfuncionais do mercado de câmbio.
Grosso modo, o objetivo dessas operações é promover a proteção contra variações excessivas do dólar em relação ao real, além de liquidez ao mercado de câmbio doméstico. A compra de contratos de swap pelo BC funciona como injeção de dólares no mercado futuro.
Por meio desse contrato, o BC se compromete a pagar ao detentor do swap a variação do dólar, acrescida de uma taxa de juros, e a receber a variação da taxa de juros doméstica acumulada no mesmo período (a Selic). Em outras palavras, quem vende esse contrato fica protegido caso a cotação do dólar aumente, mas tem de pagar a taxa Selic para o comprador – no caso, o próprio BC.
Já em relação ao leilão de dólares à vista, o objetivo é garantir liquidez ao mercado e evitar que demanda adicional por dólares estresse a cotação da moeda dos EUA ante o real.
A operação combinada anunciada pelo BC é conhecida no mercado como “casadão” e já vinha sendo especulada nas últimas semanas. Trata-se de movimento semelhante ao que foi realizado no fim de 2019, no início da gestão do ex-presidente do BC Roberto Campos Neto.
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